Você pode aprender a dominar o pensamento e escolher sobre o que pensar. O pecado ocorre por pensamentos, atos e omissões. Não se omita. Não haverá venda de curso, ao final. Não será sobre pensamento positivo, nem uma fala de que um ser superior não deixará o mal lhe acontecer! Por que não deixaria? Os oito bilhões de humanos pensam ser importantes.
Alguns desistirão de ler, porque desde que surgiu o Twitter, hoje X, com postagens de 140 toques, o que for mais que isso não será lido.
Você tem uma dor crônica e o tratamento proposto não tira a dor toda e causa efeitos colaterais graves. Caso a dor seja moderada, é possível sublimá-la, transformá-la em outra coisa. Pode-se ignorar o fato, não pensar no sintoma, distrair a cabeça com algum hiperfoco. O mesmo recurso pode ser aplicado no caso de zumbido, que tem mais de 200 causas, e raramente desaparece com remédios. É preciso exercitar a habituação.
Você evita debater, em especial com quem considera e respeita. Mas aconteceu. A conversa foi pesada. Você falou pouco e ouviu desaforos. Fica para morrer de chateação. Está remoendo cada palavra ouvida; o ataque foi longe demais e o deixou ferido. A necessidade de romper depende de cada um. Ninguém definirá os limites que só você sabe onde estão. Esqueça o tema, e defina-se por: não vou deixar essa pessoa acabar com meu dia. Não dou a ela tamanho poder.
Você fará uma viagem amanhã cedo e não consegue dormir. Nem sempre é possível, aos ansiosos, domar o pensamento. A preocupação é sensação inútil, pois, segundo o livro "Seus pontos fracos", do Dr. Wayne Walter Dyer, preocupar-se é ficar paralisado no momento presente para mudar o futuro. O mesmo se diz sobre a culpa, que é ficar bloqueado agora para mudar o passado. De nada servirá seu autoflagelo. O mesmo se diz sobre a agenda de amanhã. Não fique repassando os itens. Pense apenas na hora de resolver o problema.
É sexta-feira à noite, e na hora do banho, ao passar o sabonete em axila ou virilha, você detecta um linfonodo, um gânglio doloroso. Você gela e pensa em linfoma. A cabeça turbilhona os pensamentos, e você chega a tremer. É difícil evitar o medo momentâneo, mas o mais sensato é deixar para resolver a questão assim que estiver diante do médico. Destruir o seu fim de semana em nada melhorará a situação. Qualquer que seja o diagnóstico, haverá algo a ser feito.
Você soube que alguém criticou você, ou a pessoa falou diretamente ao seu ouvido, ainda que de forma educada. É pessoa próxima, com intimidade para falar com naturalidade. Mesmo que seja alguém de alto nível e até tenha ascendência sobre você, não se impressione. Apenas considere a possibilidade de melhorar, caso o item citado assim o permita. Não se aborreça, não pense no assunto. Feche-o dentro de uma gaveta.
Caso aconteça mais um diagnóstico de doença crônica, relativamente grave, mas que não o matará, siga as orientações médicas e faça o que for indicado, porém, não absorva esse novo problema. Coloque-o em um cabide e não em seus ombros. É apenas um artifício retórico, mas o fará mais leve.