Mara Narciso

Democracia

16/01/2023 às 22:44.
Atualizado em 16/01/2023 às 22:44

Em 1988 foi promulgada a Constituição Cidadã com participação maciça dos segmentos da sociedade brasileira, então, até apoiadores da Ditadura Militar, enchiam a boca para falar “Democracia”, devido ao fervor democrático diante da nova Constituição. 

A função do STF – Supremo Tribunal Federal é zelar pela Constituição. Antes do Mensalão, pouco se ouvia falar dos 11 ministros que, desde então, passaram a colocar a cara na tela e serem conhecidos do grande público. Escolhido por Michel Temer, vice-presidente que golpeou Dilma Rousseff, o Ministro Alexandre de Moraes ganhou notoriedade preocupante. Como tem segurado uma situação de tensão permanente desde que assumiu o posto de presidente do TSE – Tribunal Superior Eleitoral, tem sido chamado para resolver gravíssimos problemas desde a campanha política, eleição, garantia do resultado, posse, pós-posse e tentativa de golpe militar no dia oito de janeiro. Criticado pelo afastamento de Ibaneis Rocha, governador do Distrito Federal através de uma decisão monocrática, teve sua decisão apoiada, dias depois por nove ministros. Apesar da necessidade de endosso, o poder de Alexandre de Moraes é grande e por isso mesmo, referido como a ditadura do judiciário pelos que se sentem perseguidos por sua caneta. Os apoiadores do Governo Lula veem no ministro um herói que, com o ministro da Justiça Flávio Dino, que fez a minuta do decreto da intervenção federal, forma a dupla que salvou a democracia brasileira.

O que é Democracia? É o governo do povo, pelo povo e para o povo; um governo que vem do povo, é eleito pelo povo e governa para ele. Não é perfeita, mas é a melhor forma de governo que há. As pessoas que pedem por ditadura sabem que podem pedir por ela, porque vivem numa democracia.

Após os ataques terroristas que destruíram os três prédios e mobiliários dos três poderes: Palácio do Planalto – Executivo, Supremo Tribunal Federal – Judiciário e Congresso Nacional – Legislativo, um vil atentado à democracia, foi reeditado o termo “Democracia em Vertigem”, nome do documentário de Petra Costa, para mostrar que o momento é grave.

Há um governo empossado, eleito por eleições livres através de um sistema seguro de urnas, e houve uma tentativa de golpe através de insurreição contra ele, imediatamente controlada por recursos legais.

No confronto de narrativas, há inversão daquilo que é a realidade; na verdade uma visão paralela desconectada dos fatos é imposta por opositores. Trata-se de uma guerra de narrativas digitais, na qual mentiras são divulgadas como verdades. Os pilares que sustentam a oposição ao governo é a cantilena de urnas fraudadas e supostos infiltrados do PT que causaram a invasão dos Três Poderes. Provas não há. As falas de cada lado irritam os oponentes que se agridem.

Atenção você que, não gostando de uma notícia, ataca o mensageiro: repense sua atitude, melhore seus argumentos, afaste de si a estupidez. Rebata a ideia, não quem a trouxe. E o mais importante: opinião não é fato, por mais que você queira.

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