Mara Narciso

Castração de Pagu

24/05/2022 às 00:04.
Atualizado em 24/05/2022 às 13:56


Após três anos, a amizade de Frida e Pagu ruiu, mantendo-se no livro As aventuras de Frida e Pagu, em andamento e no nome desta coluna. Desde que Frida foi tosada em novembro de 2021 o corpo a corpo entre elas começou. Ambas de raça indefinida, Frida com quatro anos e seis kg e Pagu com 3,5 anos e 22 kg ficaram separadas por uns dias, voltando a conviver. No começo de maio, após nova tosa em tempo errado, foi deflagrada uma guerra e o afastamento radical. Para dar fim aos rosnados e engalfinhamentos optamos pela castração e adestramento. 

Procuramos o Hospital Veterinário Universitário Funorte e fomos atendidos por uma acadêmica do último período que nos orientou sobre incisão, retirada do útero e ovários e fez a coleta do sangue. Não foi possível falar com o professor. Dois dias depois me encontrei com o veterinário Daniel Lopes Ribeiro. Os exames de Pagu estavam normais e a cirurgia foi marcada para o dia seguinte, às 13h. Fariam avaliações cardíaca e anestésica antes da operação que duraria meia hora.

Pagu é medrosa, impulsiva e forte, sendo uma atleta que deixa para trás Usain Bolt e dá saltos para acima do muro da nossa casa. Como é muito danada, pedi para que fizessem duas roupas pós-cirúrgicas sobrepostas assim como o uso do colar elisabetano, incisão menor e uso de fio forte na sutura. Soube ser feita anestesia inalatória. Quando a entreguei para a cirurgia, solicitei que, devido ao frio lhe vestissem a roupinha tipo capa, e assim foi feito.

No final do dia, fomos buscá-la. Veio pela mão do veterinário Daniel, caminhando, ainda meio sedada. Fomos alertados sobre confusão mental nessa fase. Inocente, de um salto ela entrou no carro, sentiu dor e começou a chorar. Ficamos penalizados. Em casa, devido àquela extravagância, mesmo medicada, ficou inquieta, andando e chorando pela casa. Veio a aquietar-se apenas na manhã seguinte. Vestida com a roupa cirúrgica, a capa e o cone, tem dor ao se deitar e levantar, e nada entende da situação. Na tarde do segundo dia apresentou sonolência devido ao analgésico, mas manteve sua impetuosidade de se levantar e correr. Com dor volta a se deitar. Tomará analgésicos e anti-inflamatório por quatro dias e antibiótico por dez dias, quando serão retirados os pontos. Aguardo sua recuperação total, assim como a redução da agressividade.

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