Aquário pode ser um copo cheio da branquinha, pelo vocabulário peculiar do artista plástico Georgino Júnior ou um filme que retrata uma era, com todo seu significado esotérico. Hair, uma película de 1979, dirigido por Milos Forman celebra a cultura hippie. A sua música “Aquarius – Let The Sunshine in”, de dez anos antes, foi tema da geração paz e amor com sua moda cafona e espalhafatosa.
Segundo a Wikipédia, a “Era de Aquário”, para alguns, já iniciada, é uma era astrológica que se iniciará no século XXI e sucederá a “Era de Peixes”.
Tal tempo, que trará paz, ocorrerá quando o sol, no dia do equinócio do outono ou da primavera, nascer à frente da Constelação de Aquário, sendo que por ora nasce na Constelação de Peixes.
Além de ser uma constelação, Aquário também é um dos signos do zodíaco. O aquariano se caracteriza pela busca de inovação e independência. Com a criatividade em alta, costuma ir direto ao ponto, sendo questionador, com tendência ao radicalismo.
Saindo das crendices, enfrentemos o prosaico aquário de peixinhos. É relaxante e facilmente comprovável a tranquilidade advinda da observação de peixinhos nadando.
Quase todas as crianças pescaram piabas com peneiras ou com uma garrafa fechada na boca e o fundo côncavo e aberto, para com essa armadilha enganá-las com isca de pão.
Entravam e não conseguiam sair. Conseguido o intento, eram levadas para casa para criá-las num aquário. Tentativa por mil vezes inútil. Morriam em questão de horas.
Outra ilusão marcante são os peixinhos dourados. Comprava-se o aquário redondo, fácil de trincar, pedrinhas, plantinhas aquáticas, ração e ocasionalmente um oxigenador de água.
Os peixinhos eram adquiridos em saquinhos de plástico, geralmente em número de dois a quatro. Havia todo um ritual para evitar o choque térmico que os matavam.
Colocavam-se os peixes dentro do saco no aquário por um tempo, até acontecer o equilíbrio de temperaturas entre os dois ambientes, para então apresentá-los ao novo lar.
A troca de água era frequente, e a ração colocada com cuidado. Alguns viviam por um tempo, mas, nessa terra quente, não raro se via os bichinhos adernarem, para horas depois estarem mortos, com a barriga para cima.
Ilusões e desilusões de crianças que, após descartarem os peixinhos no lixo, tinham plena compreensão do que seria a morte.