Há um lugar onde todos querem estar: nas reuniões festivas da Academia Feminina de Letras de Montes Claros – AFL. Ali se alegra, se aprimora, se civiliza. Em tudo se vê o feminino, a delicadeza, o sublime, o capricho, o esmero, o riso e disso vem um convívio harmônico.
Na Festa de 15 anos da entidade, foi homenageada, lançando-lhe destaque, a musicista Marina Lorenzo Fernandez Silva, uma unanimidade. Filha do compositor Oscar Lorenzo Fernândez, nascida no Rio de Janeiro, casou-se com Joaquim Alves da Silva em 1947 e veio para Montes Claros, trazendo com ela uma luz civilizatória através da música. Aqui fundou em 1961 e erigiu o magnífico Conservatório Lorenzo Fernandez.
O emblema da nossa Academia estava reluzente no novo banner atrás da mesa de honra, por sobre um biombo que dividia o ambiente da Galeria Godofredo Guedes no Centro Cultural Hermes de Paula.
A mesa de honra ostentava uma belíssima toalha branca bordada, artisticamente sobreposta a outra, totalmente branca, e lá se sentaram, a convite da cerimonialista Glorinha Mameluque: Tony David Oliveira, diretor do Conservatório, Francisco Ornelas, presidente do Instituto Histórico e Geográfico, Júnia Rebello, Secretária de Cultura, Catarina Durães Caldeira, presidente da AFL, Antonieta Silvério, filha da homenageada, Wanderlino Arruda, presidente de honra da Academia Montes-clarense de Letras e Soter Magno, vereador. À frente de todos, um artístico arranjo de flores de cores variadas, jogando com o lilás, cor da Academia, compunha a delicadeza final dos cuidados.
À esquerda da mesa, estava Lucinha Macedo, com seu teclado, simpatia e talento e, junto a Cyntia Pinheiro, o rouxinol, apresentou números musicais.
À direita estava o púlpito ocupado por Glorinha Mameluque, que dava o comando para a festa acontecer; Catarina Durães com a fala de abertura e encerramento; Marta Verônica com a origem, os feitos de cada gestão e as ações literárias da Academia; Ângela Vera Tupinambá Castro explicando como se deu a criação da placa Yvonne Oliveira Silveira, a maior comenda da AFL; Felicidade Patrocínio, biografando de forma poética, amorosa e justa Marina Lorenzo Fernandez Silva e Antonieta Silvério, que, em nome de sua mãe, recebeu a placa em lágrimas. Ela disse: “Feminina e feminista, minha mãe mostrou o caminho às mulheres, para que, através da música, fossem o que quisessem ser”.
Júnia Rebello lançou o livro “Foto e grafias”, a Antologia AFL 2024, que ficou, do ponto de vista estético e gráfico uma obra de arte. “A partir de imagens, as acadêmicas escreveram legendas”, ela disse.
Silvana Mameluque registrou as cenas, e atrás do biombo uma surpresa: mesas com bolo, flores, taça com o emblema dos 15 anos, criado por Júnia Rebello, espumante rosê, bombons, para as muitas fotos de grupos de escritoras sorridentes. A festa marcou cada uma das acadêmicas, confirmando que a AFL está no caminho certo, e Yvonne Silveira, mentora da ideia, acertou em cheio.
Como se celebra a cultura e a literatura? Com beleza, finura, delicadeza e justeza: um respiro de paz.