Pedro Viana, analista do Sebrae Minas
No mundo V.I.C.A. (Volátil, Incerto, Complexo e Ambíguo) em que vivemos, só sobrevivem em um ambiente de negócios aqueles que estiverem dispostos a aprender, desaprender e reaprender as regras de como empreender. Novos competidores, convergência de estratégias on/off-line e mudanças no comportamento dos consumidores são fatores que tendem a minar a relação entre empresas e clientes.
Assim, inovar passa a ser um valor incontornável para as empresas que buscam desenvolver vantagens competitivas e sustentáveis. E esse novo contexto requer delas a capacidade de atualizar suas definições de como fazer negócios.
Atualmente, montar uma empresa começa pelos seguintes fatores:
- Foco no cliente: Seja para iniciar um negócio ou inovar no mesmo negócio, a atenção do empreendedor precisa estar no cliente. Ideias só se sustentam quando resolvem uma dor ou problema real. O cliente é o centro das relações, mas ele muda seus comportamentos diante das tendências e da moda. Atenção com as soft skills que aproximam e melhoram o relacionamento deve ser o foco das estratégias dos negócios inovadores.
- Prototipar, testar e validar: A partir da verificação de uma dor ou um problema vivido pelo cliente, é preciso experimentar se aquilo é o que ele realmente necessita. Só uma observação sincera e honesta, que se baseia no princípio de que uma ideia precisa ser desejada, replicável e financeiramente viável, faz com que ela seja realmente uma solução. Uma solução inovadora precisa ampliar a empatia com o cliente, descobrir o real problema ou dor, idealizar uma solução viável e, a partir daí, ser prototipada, testada e validada.
- Modelo de negócio enxuto: As empresas estão em busca de um modelo repetível, escalável e lucrativo. O desafio para as empresas é ter capacidade de se ressignificar e adaptar seu modelo às necessidades do mercado. Minimizar o ciclo de desenvolvimento do negócio, apoiando a experimentação do maior número de ideias de forma rápida é igualmente necessário. Tudo isso envolve um esforço feito internamente, que não tome muito tempo e recursos, ou seja, seja o menos oneroso possível.
Inovar não é mais uma opção, é uma obrigação para quem quer se manter no mercado.