Tem razão os moradores e comerciantes da região do Trevo da Real por estarem cuspindo marimbondos com a obra de revitalização do local pela prefeitura. Não que eles sejam contra a obra, mas por terem sido apanhados de surpresa por todos os transtornos que um empreendimento dessa envergadura proporciona a quem mora ou fixou estabelecimento comercial por ali.
Pelo visto, não houve diálogo e muito menos prevaleceu o bom senso por parte dos executores da obras, como mostra nossa reportagem na página seguinte. Haja paciência! Todos foram apanhados de surpresa e o resultado é que prejuízos e os caos foram implantados no local. Um verdadeiro saco de maldades foi aberto ali com o desvio do trânsito para as ruas do bairro.
Com as dificuldades de acesso de consumidores e entregadores de mercadorias, tem comerciante chorando perdas de até 70% das vendas e com contas chegando para serem pagas. Não houve qualquer reunião prévia para discussão dos impactos da obra e não se sabe durante quanto tempo elas serão realizadas, conforme afirma o comerciante Rogério Henrique Macedo, há 17 anos fixado no local. Ninguém pôde se programar.
Certamente não faltarão ações na Justiça por perdas e danos e quem vai pagar será o contribuinte. Afinal, como diz um dos prejudicados, “estão nos empurrando tudo goela abaixo e não temos a quem recorrer”.
O certo é que houve falta de planejamento. O trânsito pesado da avenida Coronel Luiz Maia foi desviado para a rua João Gama, que não suporta o fluxo de veículos pesados.
Mais um caso de algo feito pelo poder público sem ouvir a população.