Como se já não fosse séria o bastante por si só em termos sanitários, a pandemia de Covid-19 traz, a reboque, uma preocupação justificada por números: a de que a proteção indicada à população infantojuvenil por meio da vacinação gratuita acabe de alguma forma negligenciada. Como mostra reportagem nesta edição, em alguns casos a cobertura vacinal não chega a 2% do público-alvo, muito embora a oferta da imunização por meio do SUS não tenha sofrido qualquer redução.

Entende-se a preocupação inicial dos pais em tempos de restrições à circulação e de um risco de contágio pelo novo coronavírus ainda significativo. Por outro lado, é fundamental alertar para o perigo do surgimento de surtos de outras doenças decorrentes justamente da menor proteção. Tanto mais numa época do ano que, por si só, com a queda na temperatura e a menor umidade do ar, favorece o surgimento de problemas respiratórios e gripes comuns. Fatores que, somados, podem levar à temida sobrecarga da rede de saúde, algo que se quer, a todo custo, evitar.

Hoje, quando se celebra o Dia Nacional da Imunização, entidades de saúde se unem para fazer um alerta sobre o risco de deixar de se proteger e às crianças, principalmente. Uma cartilha será lançada com orientações de como proceder durante a imunização. As dicas são válidas tanto para quem irá receber a dose quanto para quem irá aplicá-la.

Como esclarecem os especialistas, todos os cuidados necessários foram adotados nos postos para reduzir possibilidades de contágio e permitir que os pais levem seus filhos para atualizar a caderneta de vacinação. Fica o apelo para que não se negligencie um compromisso importante para os pequenos e, num espectro mais amplo, para toda a sociedade. Que se faça logicamente com o uso da máscara, a higienização reforçada e os cuidados já de praxe. Neste caso, sair de casa não apenas é justificável, como necessário.

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