Pacientes que fazem tratamentos contínuos para aliviar transtornos mentais estão sofrendo, em Montes Claros, pela falta de remédios de distribuição gratuita. São pessoas que contam estar há meses insistindo pelo acesso a esses medicamentos, mas, infelizmente, sem sucesso.
O mais grave é que tratam-se de cidadãos que não dispõem de recursos financeiros suficientes para manter esses tratamentos imprescindíveis por conta própria, sem o apoio do poder público.
De maneira geral, os medicamentos oferecidos pelo Sistema Único de Saúde são fornecidos aos pacientes que deles necessitam em Minas Gerais pelo Programa Estadual de Assistência Farmacêutica.
No caso de um dos medicamentos reclamados por pacientes de Montes Claros, por exemplo, o Risperidona, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) admite que ele está em falta e atribui o desabastecimento a problemas com o fornecedor. A SES afirma ainda que já teria acionado o fornecedor pela resolução desse problema.
Matéria desta edição de O NORTE detalha casos de outros medicamentos aos quais pacientes não têm tido acesso e revela o sofrimento dessas pessoas, por não terem como prosseguir com o tratamento de que dependem para uma vida mais digna.
Nos casos de alguns dos medicamentos em falta, como o Clonazepan, a SES informa que a aquisição, dispensação e gestão de estoques fica à cargo dos municípios. O NORTE não conseguiu contato com a secretária de Saúde de Montes Claros para uma explicação sobre a ausência de estoques desse remédio.
A questão central, no entanto, é que, sejam quais forem as instâncias e os órgãos responsáveis por garantir a oferta desses e de outros medicamentos de uso contínuo pela população, não há explicação que soe plausível quando o assunto é deixar pessoas doentes sofrendo.