A exploração sexual de crianças e adolescentes desafia, há décadas, os órgãos de segurança pública no Brasil e no mundo. É uma patologia que impacta brutalmente a vida das vítimas. E é um crime que envergonha a sociedade, mas que, infelizmente, parece estar cada vez mais capilarizado, como uma erva daninha que rapidamente se espalha, pois é difícil de ser combatida.
Por aqui, têm crescido as prisões de adultos acusados de aliciar meninas e meninas de Norte a Sul do Brasil. O fato de quadrilhas especializadas em distribuir pornografia infantil serem flagradas é um alento, sem dúvida. Mostra que há ações em curso para estancar esse mal. Mas, como já ressaltado, erva daninha se espalha rápido, sobretudo em regiões mais carentes do país, onde os criminosos se aproveitam das fragilidades socioeconômicas das vítimas para conven-cê-las a receber dinheiro ou até mesmo um prato de comida, em troca de sexo.
Com o advento da Internet, tal barbaridade migrou fácil para a rede mundial de computadores, onde os criminosos se aproximam das vítimas com intuito de explorá-las sexualmente.
Ontem, no Dia Mundial de Combate à Pedofilia, força-tarefa de segurança nacional prendeu dezenas de pessoas acusadas desse crime na web. No rol de presos, homens e mulheres, com perfis diversos, entre eles advogados, educadores profissionais da área de saúde e servidores públicos.
Numa triste estatística, Minas figura como o quarto estado do país em casos de pedofilia. Numa reação, Montes Claros inicia hoje campanha em postos de gasolina, na BR-135, para conscientizar sobre o tema.