Depois de mais de cinco meses do incêndio criminoso na creche Gente Inocente, em Janaúba, o drama continua, com a dor pelas 13 mortes, a marca da violência que se tenta apagar com a reinauguração do local neste mês, tantos feridos. O drama da professora Marley Simone Lima Antunes, que ficou mais de 4 meses no pronto-socorro do João XXIII, em Belo Horizonte. Várias cirurgias, o coma, a transferência para o Hospital Regional em Janaúba com a garantia de que o tratamento continuaria.
Teria ajuda de profissionais especialistas, de nutricionista, psicólogo a assistente social. O marido Alberto Borges afirma que nada disso aconteceu, que ela está “jogada em cima da maca”. Sente dores abdominais, tem pressão alta, sofre com as sequelas do incêndio. Pede ajuda, inclusive à Câmara Federal, em Brasília.
Quer tratamento mais digno. Cobra apoio do município. Nada mais justo depois de ter passado por essa tragédia que chocou o país, repercutiu fora do Brasil, provocou tantas dores. Deixou sequelas e muitas dores nos moradores da cidade.
Ela, Marley Antunes, deseja é se recuperar logo, voltar a lecionar. Só isso. Não pede muito. Os brasileiros, que se solidarizaram, se empenharam em ajudar as vítimas na época do incêndio, provocado pelo vigia, deveriam voltar os olhos para essa situação, cobrar, junto com o marido da professora, um atendimento melhor, mais digno.
Não se pode permitir que isso aconteça, que ela continue na maca no hospital de Janaúba, com atendimento precário, como relatado por Alberto Borges.