Frio acima do limite, vulcões em erupção, incêndios mundo afora, altas temperaturas, degelo das calotas polares, aumento do volume de mares e oceanos, rios agonizantes, água em escassez, falta de alimentos, animais em extinção...
A natureza grita por socorro e, mais do que isso, sacode a terra como forma de chamar a atenção da humanidade para as suas dores. A esperança de dias melhores, de um alívio para tantas feridas está na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26) que está sendo realizada em Glasgow, no Reino Unido, e que reúne mais de 200 países.
Dentre os muitos governantes que estão sentados à mesa de discussão, visando encontrar uma solução imediata e, ao mesmo tempo, definitiva para o problema, estão os componentes do G-7, os países mais ricos do mundo e que têm evitado se comprometer e, principalmente, comprometer suas economias e suas rotinas com a causa ambiental.
Mas a expectativa é de mudanças, é de que mais do que se conscientizarem, todos os países participantes do encontro se comprometam e que possam ir além, que de fato cumpram os acordos que assinarem.
Essa, sem dúvida, é a fórmula mais eficaz para que se possa proteger o planeta da ação devastadora do homem e, mais do que isso, salvar a raça humana de si mesma.
Então, é torcer para que os encontros sejam produtivos, promovam a consciência necessária no público participante e que possam ser catalizadores para a consciência coletiva e ampla tão necessária para garantir vida longa à Mãe Terra.
Que os encontros apontem caminhos e políticas públicas eficazes para que a emissão dos gases seja diminuída, para que as feridas abertas sejam curadas o mais rapidamente possível. Que haja consenso em relação ao mercado de carbono para que a natureza possa respirar aliviada e, especialmente, para que permita a divisão de riquezas, diminuindo a pobreza e a fome nos países pobres.
Que a solidariedade, mais do que a economia, seja fator determinante nos encontros, para que o mundo possa, finalmente, viver a paz.