Longe do que se projetava, o PIB - Produto Interno Bruto vem encolhendo dia a dia, na contramão da inflação, que a cada amanhecer se mostra mais e mais voraz, tirando o sono do brasileiro e esfacelando qualquer projeto de orçamento doméstico. Ao contrário do que se apregoava no início do ano, a economia não vem atingindo índices para que saia da UTI, onde está desde antes da pandemia de Covid-19.
Combustível com preços que beiram a indecência, que independente da culpa se de A ou B, do PIS, Cofins ou outro imposto qualquer, tem levado a população a se aventurar nos ônibus coletivos, enfrentando o precário sistema de transporte público, marca registrada do Brasil. Os alimentos com preços que nunca cabem no bolso, principalmente dos assalariados, têm feito muita gente perder a fome. Junte-se a isso, o preço do gás de cozinha e comer no Brasil virou uma equação matemática sem solução... Sem contar as tarifas de energia elétrica, que têm feito parte da população pensar em trazer de volta os lampiões a querosene. Por tudo isso, para se viver no Brasil de hoje é preciso um curso de malabarismo, para que se consiga o mínimo de equilíbrio para a sobrevivência em terras tupiniquins.
E assim, enquanto outros países, principalmente os desenvolvidos, seguem comemorando, celebrando a retomada da economia, no Brasil a economia segue claudicando e levando a população à beira loucura. Enquanto os políticos e as políticas não se voltarem para o verdadeiro interesse do povo, é assim que seguiremos; órfãos de representantes, legados à própria sorte, vivendo em um pseudo-país.
Até que a população se conscientize de que a mudança de rumo, dessa nau chamada Brasil, passa, sobretudo, por questões políticas e a partir disso, passe a dar mais atenção a todas as decisões tomadas nas Casas Legislativas pelos quatro cantos do país e das leis criadas ali e, principalmente, cobrar dos seus representantes uma efetiva representatividade, onde o povo seja de fato o centro de tudo, continuaremos sendo a pseudo-nação dos dias de hoje, vivendo de crise em crise.