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Sábado,23 de Novembro

Cor de rosa choque

29/10/2021 às 00:00.
Atualizado em 05/12/2021 às 06:09

Outubro chega ao fim. As instituições públicas e diversas empresas se despem do rosa e as pessoas abandonam os laços cor-de-rosa outrora usados nas roupas para representar a campanha Outubro Rosa. O mês acaba, mas o movimento de conscientização e mobilização pela detecção precoce do câncer de mama urge permanecer, porque não vive das luzes e fitas, mas da forma das mulheres que travam uma luta constante para que todas tenham direito a acessarem os serviços de saúde. 

Mas para que o movimento ganhe força e um vulto ainda maior, é preciso que as mulheres se sensibilizem e comecem o mais rápido possível a realizar o autoexame e a se cuidar precocemente, já que estamos falando de uma doença grave, quinta maior causa de mortes no mundo. Além disso, o governo precisa promover urgentemente a reestruturação da saúde pública, já que a falta de estrutura médico-logística é um dos problemas que as mulheres enfrentam. Não há mastologistas suficientes nos hospitais e nas clínicas do Sistema Único de Saúde - SUS, e quando é preciso realizar exames de mamografia, ultrassonografia e ecografia é travado outro embate. 

Com o fim do mês e da campanha, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que, por ano, surjam 60 mil novos casos de câncer de mama no país, um número alarmante que precisa ser revertido o quanto antes. Por isso, a consciência coletiva das mulheres é tão importante, tanto quanto a solidariedade na doação de cabelo para perucas, de próteses, já que a mutilação é ainda um desafio enorme para quem vence a doença. 

O fato é que apenas luzes coloridas e fitas exibidas durante um único mês do ano não resolvem a questão. É preciso muito mais, além de estrutura da saúde pública: é preciso uma cobrança coletiva para que o cuidar de quem foi diagnosticado seja rápido e efetivo; cobrança para fazer com que a prevenção seja uma realidade e que o pós-tratamento seja oferecido a todas. Outro importante remédio, que não custa nada a ninguém e faz-se urgente na sociedade atual, é uma dose de empatia, amor e carinho com todas essas mulheres. Esse, sem dúvida, pode ser um remédio poderoso na luta a favor da vida.

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