Castigados pela pandemia do novo coronavírus, proprietários de bares e restaurantes de Montes Claros, no Norte de Minas, cobram da prefeitura a dilatação do prazo de funcionamento dos estabelecimentos até meia-noite. Atualmente, o fechamento tem que ser feito às 20 horas e os empreendimentos têm o público limitado a 30% da capacidade total. Muitos comerciantes reclamam que têm amargado prejuízo e não conseguem manter o quadro de funcionários.
Sem uma posição do Executivo municipal, proprietários de bares e restaurantes solicitaram, via Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Minas Gerais (Abrasel), o empenho do presidente da Câmara Municipal, vereador Marcos Nem, que enviou ofício ao prefeito Humberto Souto para que haja uma reunião com os empresários. Eles também almejam a edição de um decreto mais flexível, já que os empreendimentos estão funcionando à noite por apenas três horas.
O comércio em Montes Claros ficou fechado durante 88 dias e só voltou a funcionar a partir de 18 de junho, com a implantação da quarta etapa do plano de reabertura das atividades econômicas elaborado pela prefeitura municipal. No entanto, pouco tempo depois, o Decreto 4.076 limitou o horário de funcionamento até as 20 horas, o que agravou a situação financeira desse segmento.
Muitos empresários fizeram até adaptações nos empreendimentos para se adequar ao decreto e vêm seguindo à risca os critérios sanitários para preservar tanto a segurança dos funcionários quanto dos clientes. Porém, se desrespeitarem as regras estão sujeitos a multa de até R$ 750,20, o equivalente a 20 Unidades de Referência de Montes Claros (UREF-MC).
Neste momento em que se agrava o quadro da doença em Montes Claros, é necessário que o Executivo municipal se reúna com os representantes do setor para que, conjuntamente, encontrem uma alternativa para viabilizar essa flexibilização, sem colocar em risco clientela e funcionários. O consenso neste momento é fundamental para se evitar também um agravamento e disseminação da Covid no município.