A pandemia do novo coronavírus já matou 475 mineiros até o momento, quase o dobro das mortes causadas por dengue, chikungunya e zika nos últimos quatro anos, doenças que chegaram a tirar a vida de 242 pessoas de 2017 até maio deste ano. A rápida disseminação da Covid-19, a falta de imunidade da população e a inexistência de uma vacina estão entre os principais fatores para a alta letalidade do vírus, três meses após a confirmação do primeiro caso da doença no Brasil. No ano passado, o Estado registrou cerca de 480 mil casos de dengue. Já neste ano, até agora, já são 74 mil. Comparando 2020 com os anos epidêmicos, os números ainda não são alarmantes, mas preocupam porque, neste período de isolamento social, as pessoas ficam mais em casa, local onde ficam 70% a 80% dos focos do mosquito. Até o início da tarde de ontem, o número de mortes pela Covid no país já superava os 43.400, com 874 mil casos confirmados da doença. Ainda à espera de uma vacina que possa minimizar a situação da pandemia no país, novos casos de perda de vida pelo coronavírus têm batido a caso das mil mortes em menos de 24 horas. Com a retomada do comércio em algumas regiões do Brasil, as pessoas têm que redobrar a atenção para amenizar a propagação da doença. A população deve se resguardar em relação ao novo coronavírus, mas não pode abrir mão da prevenção de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Neste momento de pandemia de Covid-19, dengue, chikungunya e zika praticamente têm sido ignoradas por grande parte da população, que sequer tem tomado as medidas para precaução. Não é momento para baixar a guarda. É necessário ficar de olho nos protocolos para evitar o contágio da Covid, mas a população não pode se descuidar e redobrar a atenção sobre os possíveis criadouros do mosquito. Esse cuidado tem que ser diário, evitando água parada em pneus, pratos de plantas e em outros locais que possam servir para a procriação do Aedes. 

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