Aedes aegypti requer atenção redobrada

12/03/2020 às 00:29.
Atualizado em 27/10/2021 às 02:55

Com a classificação do coronavírus como pandemia e a crescente disseminação da doença em vários países, inclusive no Brasil, onde já foram registrados 52 casos, os mineiros têm “baixado a guarda” com relação às doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti, como a dengue, chikungunya e a zika. Só para se ter uma ideia, nos últimos sete dias, cerca de 5.500 pessoas registraram suspeita de dengue no Estado, que acumula quase 26 mil notificações de casos prováveis da doença.

Uma morte por dengue também já foi confirmada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) em Medina, no Vale do Jequitinhonha. No entanto, outros 15 óbitos ainda estão sendo investigados para saber se a causa foi a enfermidade. Boletim Epidemiológico divulgado na última terça-feira pela SES-MG mostra que há 60 municípios com incidência muito alta da dengue, 24 com incidência alta, 94 com incidência média, 399 baixa e 276 municípios que não registraram casos prováveis.

Neste período em que a combinação de chuva e calor é extremamente favorável à proliferação do mosquito, não se pode arrefecer o combate aos focos. Tarefa que cabe ao poder público e a cada cidadão. Em Lassance, por exemplo, cidade com o maior índice de infestação do mosquito no Norte de Minas – alta infestação –, o município está circulando os carros de fumacê para combater o Aedes. Ao lado de Josenópolis, segunda no ranking, irá receber R$ 20 mil (cada uma) para reforçar as ações de combate.

Mas os moradores também têm que fazer a sua parte, limpando os quintais, não jogando lixo e entulho nas ruas e nos lotes vagos. Em Lassance, dez pessoas tiveram chikungunya em menos de três meses e está sendo investigado um provável caso de zika em gestante.

As ações do governo são de extrema importância, mas neste momento de alerta com relação ao coronavírus – inclusive com atenção do poder público também voltada para ações que possam barrar a expansão do vírus –, cabe também à população se manter alerta com relação às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Tampe as caixas d’água, mantenha as calhas sempre limpas, deixe as garrafas sempre viradas de boca para baixo, mantenha as lixeiras bem tampadas e os ralos limpos. Todo cuidado é pouco!

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