Embora a febre amarela tenha ceifado milhares de vidas no Brasil nos últimos anos, com notícias estampadas nas mídias, causando comoção coletiva, grande parte da população ainda ignora a importância da vacina para se proteger do vírus. Entre 1º de julho de 2017 e 30 de junho de 2018, o Ministério da Saúde registrou 483 óbitos pela doença, mas, apesar da triste estatística, muita gente ainda prefere confiar na sorte.
Em Minas 1,8 milhão de pessoas ainda estão sem proteção contra a doença. A meta do ministério é a de que 95% do público-alvo esteja imunizado. No entanto, a cobertura no Estado está em 90,7%. Em Montes Claros a situação é ainda mais preocupante – apenas 69,13% da população se imunizou.
Desinformação ou crenças sem fundamento de que a vacina poderia causar efeitos colaterais _ propagadas pelas redes sociais _ são apontadas como motivos para muita gente fugir da vacina.
No entanto, o grande número de óbitos é um alerta para que as pessoas se informem melhor sobre a importância da imunização e não se deixem levar pelas notícias falsas (fake news) que circulam na web sobre a vacina.
Não existe outra forma de se proteger contra a febre amarela a não ser com a dose, disponibilizada nas unidades públicas de saúde. Os sintomas da doença, com poucas chances de cura se não for diagnosticada rapidamente, causam enorme sofrimento ao paciente e famílias, além de onerar os cofres da saúde pública. Não vale brincar e ficar à mercê da sorte. O Ministério da Saúde alerta para que a população se proteja na primavera, que termina em 20 de dezembro, uma vez que no verão o vírus circula com maior intensidade devido às altas temperaturas e ao acúmulo de água da chuva.