Até o próximo dia 31, luzes cor-de-rosa irão envolver edifícios e monumentos em todo o planeta. A cor também invadirá o mundo virtual, onde imagens de laços de fita “viralizam” nas redes sociais, marcando o Outubro Rosa, movimento mundial de conscientização para a importância da prevenção do câncer de mama, considerado o segundo tipo de tumor que mais mata mulheres no mundo (o campeão é o câncer de pele).
Surgida nos Estados Unidos em 1990, a campanha alerta as mulheres para que não se esqueçam de se submeter ao exame anual de mamografia –a única forma de evitar mortes pelo tumor. Quanto mais cedo a doença é diagnosticada, maiores as chances de tratamento e cura.
No Brasil, o Outubro Rosa começou em 2002, mas, apesar de ações sucessivas para a conscientização das mulheres sobre a importância da mamografia, grande parte não se submete ao exame, como mostram os dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca).
De acordo com o órgão, apenas 2,5 milhões de mamografias foram realizadas em 2014, equivalente a uma taxa de 24,8%, bem menos do que os 70% recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Negligência ou falta de tempo ou acesso ao serviço podem ser causas da não prevenção. Mas, neste mês, não vale desculpas: o sinal rosa deve ser captado. Não basta apenas apreciar monumentos iluminados ou curtir posts de laços cor-de-rosa. O essencial é entender a mensagem que emite a mais feminina das cores: é preciso se submeter à mamografia, além de manter hábitos de vida saudáveis, para evitar sofrimentos e mortes pelo câncer de mama. Não vale brincar.