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Glorinha MameluqueAdvogada e escritora

Vitória da fé (II)

Publicado em 27/03/2024 às 20:10.

Irineu e Marina são um casal comum, de família humilde, mas cheios de fé. Ao saberem que teriam quadrigêmeos, com fé e coragem enfrentaram a situação: sabiam que teriam crianças prematuras; sabiam que o custo seria alto; que teriam que mudar radicalmente seus modos de vida. Nada disso os fez desanimar. Acreditavam que a vida é dom de Deus e que Ele iria ajuda-los a enfrentar a situação. Entregaram-se nas mãos Dele. Confiaram em sua ajuda. E Ele ajudou. Obrigados a mudar provisoriamente para Belo Horizonte, as crianças nasceram de paro normal, no sexto mês de gestação: primeiro nasceu a Iris, com novecentos e dez gramas. Depois o Saulo, com mil, duzentos e trinta. Em seguida, o Ramon, com mil, duzentos e cinquenta gramas. E por último, a Irma com mil e cinquenta gramas. Todos perfeitos e sadios. Mas pelo peso e por serem prematuros tiveram que permanecer algum tempo no CTI infantil, até terem condição de terem alta.

Depois que todos saíram, a Irma foi internada, passando por três cirurgias. Ao saírem, consumiam uma lata e meia de leite por dia e dois pacotes de fraldas, mas contaram com a ajuda de amigos e de pessoas que se sensibilizaram com a situação deles.

Se o casal não fosse fiel aos ensinamentos de Deus, que a vida é um valor inviolável e que ninguém tem o direito de tira-la, qual das crianças teria sido eliminada? Iris? Saulo? Ramon? Irma? Como seria a escolha?

Recentemente, tive notícias deles: em janeiro desse ano, completaram 22 anos As meninas estão em Diamantina. Uma faz Fisioterapia e a outra Nutrição, na UFVJM. Ramon faz Direito na Unimontes e Saulo fez três períodos de Psicologia, mas trancou para tentar entrar em uma Universidade Pública.

Se os pais não tivessem fé em Deus, que é o Senhor da vida e da morte, essa história não poderia ser contada. E é a mãe, que disse: “Só posso dizer que ter quadrigêmeos é a felicidade de ser mãe multiplicada por quatro. Depois dessa experiência, eu e meu marido crescemos muito como seres humanos. Nossa capacidade de doação aumentou e hoje estamos mais abertos à vida e às pessoas.”

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