Superar é um verbo difícil de viver: inclui resiliência, determinação, esperança, confiança e fé. Tenho visto muitos casos de superação, mas na abertura das Olimpíadas de Paris 2024, transmitidas pela TV, senti um arrepio a me percorrer o corpo ao ver a cantora Celine Dion numa belíssima apresentação da música “Hymne a l´amour” de Edith Piaf.
A princípio fiquei sem entender nada: não era ela, que vi algum tempo atrás em uma cadeira de rodas, totalmente paralisada e precisando ser carregada? Não pode ser, pensei. A voz inconfundível de Celine Dion, sua postura maravilhosa, sua elegância impressionante, para mim foi o ponto alto das solenidades de abertura das Olimpíadas e a todos comoveu.
Desde 2022 ela luta com uma doença neurológica autoimune , que ataca o sistema nervoso, provocando rigidez no corpo e espasmos musculares e que atinge uma pessoa em um milhão de pessoas: a “Síndrome da pessoa rígida”, que eu nunca tinha ouvido falar antes. A doença atingiu sua voz, seus músculos, seu corpo todo e durante muito tempo ficou aos cuidados de médicos e fisioterapeutas, como narra no belíssimo documentário sobre sua vida. Ela sempre dizia: “Tenho esperança de que vou me recuperar...”, e a sua determinação e os cuidados médicos, realizaram o milagre.
Visivelmente emocionada ao se apresentar, após tantos anos fora dos palcos, completou com sua exuberante beleza de apresentação, a grandeza da Torre Eiffel, ponto Central dos acontecimentos das Olimpíadas de Paris 2024, e conseguiu emocionar a imensa multidão que assistia o espetáculo, tanto ao vivo como à distância, pelos meios de comunicação.
Quando assistimos o filme Titanic, fomos embalados por sua voz cantando a música “My heart will go on “que assim como o filme, também ficou na história e é inesquecível.
Celine Dion produziu 27 álbuns, 250 milhões vendidos e teve várias músicas ganhadoras de Grammys e Oscars.
O exemplo da cantora nos mostra que não podemos nos desesperar quando as tempestades chegam às nossas vidas, tendo sempre em mente que “as tempestades passam”, e se tivermos resiliência, esperança e confiança em Deus, tudo poderá a voltar a ser como antes.