Glorinha MameluqueAdvogada e escritora

SANTA TEREZINHA

12/06/2024 às 19:30.
Atualizado em 13/06/2024 às 05:31

Nesse mês, as relíquias de Santa Terezinha que estão visitando 70 cidades do Brasil estiveram em Montes Claros. Além de terem ficado no Carmelo, peregrinou também por outras paróquias, concluindo na Catedral.

Santa Terezinha do Menino Jesus, a santa das rosas, nasceu no dia 02 de janeiro de 1873 em Alençom, na França. Desde o nascimento foi fraca e doente. Seu nome de batismo era Marie Françoise Therese Martin. Filha de Louis Martin, relojoeiro e joalheiro e Zelie Guerin, famosa bordadeira. Sua mãe faleceu quando era tinha quatro anos e a menina se apegou à sua irmã mais velha, Paulina, tendo-a como uma segunda mãe. Estava decidia a entrar para a ordem das carmelitas descalças, mas como tinha apenas 14 anos, não poderia por causa das regras da Igreja. Mas ela não desistiu. Numa viagem feita à Itália, pediu a autorização ao Papa Leão XIII e este concedeu. Em abril de 1888 entrou no Carmelo com o nome de Therese de l´Enfant Jesus e fez sua profissão religiosa em setembro de 1890. Vítima da tuberculose, quando não havia tratamento, faleceu em 30 de setembro de 1897, com apenas 24 anos. 

Deixou três manuscritos que foram publicados em 1898, com o título de “História de uma alma”, livro que se tornou um dos maiores best sellers da história. (https://cruzterra santa.com.br)

Ao visitar a urna com suas relíquias, no Priorado São Norberto, fui tomada por forte emoção. Isto porque minha mãe era devota da santa e passou esta devoção a todos nós. Cultivava muitas rosas no seu jardim em homenagem a ela, inclusive uma roseira de flores pequenas, chamada de rosas de Santa Terezinha. Em São Romão, aprendemos a cantar a Valsa de Santa Terezinha, pouco conhecida. Minha mãe tinha um sobrinho, o Wilson, grande saxofonista. Um dia pediu a ele que quando morresse, queria que ele tocasse para ela essa valsa.

Algum tempo depois, veio a falecer e ele cumpriu a promessa. Como em minha terra, há mais de sessenta anos, as ruas não tinham calçamento e também não haviam carros, os enterros seguiam pelas ruas como se fosse uma procissão, até o cemitério. E Wilson foi tocando a valsa durante todo o trajeto, aumentando ainda a dor da despedida daqueles que tanto amavam a minha mãe, que muitos chamavam “a mãe dos pobres”, pelas caridades que fazia.

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