O mês de setembro é cheio de cores. É a Primavera! Setembro amarelo, setembro dourado, setembro lilás. Porque é também o mês de conscientização sobre a doença ou Mal de Alzheimer.
Tínhamos um grupo de apoio para cuidadores e parentes de pessoas que são portadoras de demências e que foi suspenso durante a pandemia, mas que agora continua no “Viva Mais”, uma casa que acolhe portadores de Alzheimer e outras demências, situado na Rua Geraldina Sarmento Mourão, 248, no bairro Jardim São Luiz.
Mas o que é mesmo a Doença ou o Mal de Alzheimer? Muitas pessoas que têm doentes em casa, insistem em afirmar que a pessoa tem demência e não Alzheimer. Preconceito? Não sei. Apenas falta de informação. Porque o Alzheimer ocupa mais de 60% no mapa das demências, donde se conclui: nem toda demência é Alzheimer, mas todo Alzheimer é uma demência.
Convivi por mais de oito anos com essa doença e até posso dizer que estudei, me formei, fiz pós-graduação e até doutorado no assunto. Não em faculdades, mas na lida diária e nas pesquisas e estudos que éramos obrigados a fazer para conviver melhor com a doença e minimizar o sofrimento do doente.
Descobrimos estratégias que muito nos ajudaram e que não se encontravam na literatura, mas na prática. Dessa experiência surgiu um livro “Sabemos quem ele é”, que escrevi em parceria com minha filha Christina e que tem ajudado outras pessoas.
O Alzheimer é uma doença degenerativa e progressiva do cérebro, caracterizada por uma perda das faculdades cognitivas superiores.
É uma doença cruel, que mantém o ser humano vivo, enquanto sua alma vai saindo devagarinho, se despedindo da vida, procurando outros horizontes que não conseguimos imaginar. É doloroso para a família ver aquela pessoa elegante, inteligente, trabalhadora, ativa, ir aos poucos perdendo todas as suas faculdades.
A presença, o apoio e o aconchego da família são de fundamental importância, mesmo que a família disponha de cuidadores o tempo todo. Nada pode substituir a família, a paciência, o carinho e o amor, do começo ao fim.