O grupo da situação em Montes Claros-MG usa de uma estratégia semelhante a utilizada pelo então ex-prefeito de São Paulo, Paulo Maluf. O ano era1996. Na época, bem avaliado , para eleger o seu secretário de Finanças , Mafuf fez de tudo para aprovar Celso Pitta. Ao ponto de usar uma peça publicitária que dizia a seguinte frase: “vote no Pitta, e se ele não for um grande prefeito, nunca mais vote em mim”. Fato é, que Celso Pitta se tornou um dos piores prefeitos de São Paulo. Ou seja, cada candidato tem um perfil, uma característica. Independente do resultado das urnas, uma coisa é certa: Humberto é Humberto. Guilherme é Guilherme. Dois personagens da vida política com histórias diferentes. Basta avaliar a trajetória política individual de cada um. Enfim , o montes-clarense livremente, democraticamente, quem vai decidir o futuro político, administrativo da maior cidade do Norte de Minas.
Quarteto I
Com o fim do ciclo político de Humberto Souto aos 90 anos, assim que concluir seu segundo mandato, independentemente do resultado da eleição a previsão que a união do quarteto formado pelo deputado federal Marcelo Freitas, Guilherme Guimarães, Otávio Rocha e o deputado estadual Arlen Santiago não estejam unidos por muito tempo, por uma questão muito simples: o sonho do deputado Marcelo é disputar a prefeitura montes-clarense em 2030, batendo de frente com os interesses políticos dos atuais companheiros. Provavelmente a união não deva chegar nem em 2026, quando teremos a disputa para presidente, governador, senador , deputado estadual e federal.
Quarteto II
Ninguém sabe ainda o resultado das urnas, já que política e mineração, só depois da apuração. Mas uma coisa é certa: a ala ligada à Humberto Souto já se sente escanteada diante do fim do seu ciclo político. Ou seja, o grupo situacionista ganhando ou perdendo vai escantear os aliados do atual prefeito. Como diria o ex-presidente Michel Temer: “quando o governo começa acabar, ninguém mais te procura”.
Café frio
A expressão “café frio” costuma ser usada para descrever os últimos meses de alguém que está deixando o poder, quando diminui consideravelmente o assédio de políticos e da população. Quando o poder vai esvaziando até o café deixa de ser servido quente.