Leandro MazziniMineiro de Muriaé, Leandro Mazzini é jornalista pós-graduado em Ciência Política pela UnB e escritor. Com Leonel Rocha, Walmor Parente, Carolina Freitas e Tom Camilo

Ministro na Defesa

Publicado em 23/11/2022 às 22:16.

(Izânio Façanha)

(Izânio Façanha)

 Ricardo Lewandowski está mesmo balançado em ser ministro da Defesa do Governo de Lula (PT) – pode ser a partir de 1º de janeiro, como deseja o presidente eleito, ou a partir de maio, quando o ministro estará aposentado do Supremo Tribunal Federal. Lula fez o convite pessoalmente em Brasília dia 9 de novembro, mesmo dia em que visitou o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira. O petista quer, assim,
enviar um sinal à ala bolsonarista da caserna caso Lewandowski aceite a missão: um nome egresso da alta Corte do Judiciário acalmaria os ânimos mais revoltados com o resultado das eleições. O hoje ministro tem histórico nas Forças Armadas. Na juventude, foi um tenente do Exército.

Fé com Lira
Arthur Lira (PP-AL) conseguiu um forte apoio para a tentativa de reeleição à Presidência da Câmara em fevereiro. Um dos líderes do grupo, o deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) confirmou o apoio da Frente Parlamentar Evangélica ao presidente – são 203 deputados e nove senadores. O anúncio será num culto dia 7 de dezembro, com a presença do Pr. Silas Malafaia, maior representante da Frente junto a igrejas neopentecostais. Aliás, a presidência da Frente está disputada para 2023. São cotados o senador Carlos Viana (PL-MG), e os deputados Eli Borges (PL-TO) e Silas Câmara (Republicanos-AM). 
 
Clima & economia
No 1º semestre as catástrofes naturais resultaram numa perda de US$ 92 bilhões em todo o mundo. Segundo pesquisa realizada pela Aon, empresa de gerenciamento de riscos, do total de perdas neste período, apenas US$ 39 bilhões foram segurados. No
ranking de eventos que mais geraram perdas econômicas no mundo, o Brasil ocupa a 5ª posição com as secas como evento climático que gerou perdas de US$ 4 bilhões.
 
Bye, bye Brasil
Os brasileiros que decidiram deixar o país em 2021 representaram o maior número dos últimos 11 anos. Desde dia 30 de outubro, após o resultado eleitoral, cresceu 700% apenas no site de buscas Google o termo “fugir do Brasil” em pesquisas. Segundo levantamento da Polícia Federal, 17% dos moradores que saíram do Brasil não retornaram. Em 2010, quando o estudo foi lançado, esse índice foi de 7% e, em 2019, de 5%. Os Estados Unidos são o principal destino.
 
Hola, amigo
O presidente Lula não vai ter uma relação fácil com o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez. Em 2023 o governo brasileiro quita o pagamento do acordo da usina binacional de Itaipu, e o Paraguai, claro, exige mais dinheiro do que o Brasil esperava. Mas há um aliado forte na política hermana. O ex-presidente Federico Franco, do Partido Liberal, é muito grato ao futuro vice-presidente Geraldo Alckmin, que reconheceu seu governo logo após o impeachment de Fernando Lugo.
 
O inverno vem aí
Enquanto o Ocidente comemora recuo de tropas russas em cidades antes ocupadas, o Kremlin sabe o que faz, revela um contato da Coluna na Ásia. A retirada não é um recuo, e sim estratégica, para descanso da tropa e fuga do frio. O presidente russo Vladmir Putin minou as plantações da Ucrânia com arma químicas e tanques, destruiu mais de 500 hospitais e clinicas, além de linhas de energia e usinas térmicas. O inverno está chegando, e o povo ucraniano vai ficar sem luz (e sem aquecedor), com alimentação escassa e sem hospital para se curar. A população pagará o preço.
 
Correção
Ao contrário do publicado na quarta (23), não foi o diretor-geral da ABIN o exonerado pelo Governo, e sim um dos diretores de departamentos da Agência de Inteligência. 

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