Alexandre FonsecaJornalista, mestre em literatura e doutorando em literatura

A síndrome de dezembro

Publicado em 22/12/2023 às 20:18.

Apesar de não ser o maior fã do período natalino, pois parece haver uma obrigação em ser amável, bom e justo com aqueles que foram tudo menos amáveis, bons e justos com você, dezembro representa o fim de um ciclo. O ano acabou. Encerra-se aquele período de tempo na sua vida. Trezentos e sessenta e cinco dias se tornam parte de um passado datado. A queima de fogos representa a alegria pela vida nova prestes a começar.

Acredito que não seja por acaso a expressão antiquada “NOITE DE ANO-BOM”. É bom porque passou; e também é bom porque algo novo está para começar. Com luzinhas, todos de branco, amor e paz no coração de muitos e aquele desejo inquebrantável de que tudo mude após a meia-noite.

Para mim, o Natal é melancólico, triste e um tanto depressivo, ao contrário da energia efusiva do Ano Novo. É um período de cobranças sentimentais que fazemos a nós mesmos. Lembramo-nos das pessoas queridas que não podem mais comemorar conosco, dos beijos não dados à pessoa amada, da vida que poderia ter sido mas não aconteceu. Porém, acalmem-se. É tempo de magia, acreditem.

Celebre o que você tem. Celebre o que você é. Todos nós temos motivos para celebrar, mesmo estando sozinhos. Apenas celebre.

Neste Natal, vou celebrar meu retorno a uma certa espiritualidade antiga, algo que abandonei por razões equivocadas. Quero rezar e agradecer aos céus pelas bênçãos de estar aqui. Sobre perdoar aqueles que me fizeram mal, só digo uma coisa: sustentem suas gracinhas. Passar bem.

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