Sarapatel, para os íntimos, “sarapaté”. Para muitos, um prato típico, para essa narrativa que estás prestes a ler um conceito metafórico das salas de aula das academias. Em todas as universidades. Nas que são fruto da faculdade do estudante, em que vislumbram oportunidades buscadas por obstinadas mentes, estaremos diante de um sarapatel. Degustado pela contribuição de sabor dada pelas almas dos estudantes para com o corpo da nossa sociedade.
Nas salas de aula, sempre encontraremos os pulmões, quais sejam, aqueles que inspiram e expiram os desaforos encontrados no cotidiano universitário, confortando todos com a energia proporcionada pelo oxigênio do ato de respirar, organizando as atividades, liderando e auxiliando os colegas.
O fígado, que dilui os elementos transformando-os no sangue de oportunidade, os que fazem a teoria miscigenada no tédio se converterem em brilhantes demonstrações de exultação da qualidade de se profissionalizar.
Os rins, que filtram o resultado de tudo, destinando todo o desperdício de tempo e energia para os subúrbios do corpo, entendido como uma sala, que em linhas de fraternidade tenta suportar as más notícias sem se abalar.
O coração, que em linhas de fisiologia acadêmica, acaba controlando o fluxo das atividades da sala, impedindo que a conversa paralela, ou que o árduo estudo monótono venha a dilacerar o rotineiro e saudável andamento de uma turma no tempo.
Isso não impede obviamente que o corpo universitário seja resumido pelo saboroso sarapatel, afinal, bem sabemos que existe um corpo de colaboradores e docentes que compõem os músculos. O cérebro representado pela coordenação, diretoria e reitoria e sem dúvidas, a estrutura que nos supre, representando os ossos e articulações que determinam o caminhar e a desenvoltura de uma universidade.
Um universo resumido a um corpo. Um corpo indicando um universo. Isso. Uma faculdade de existir como quiser, um universo de possibilidades. Só não se esqueçam dos apêndices, aqueles que obscurecem o avanço conjunto da turma, aqueles que anseiam pela inutilidade de todos, esses... Esses são perigosos.