Nos lagos não higienizados da vida. Nas profundezas da água imóvel da inveja, encontraremos os sanguessugas. Não é difícil os perceber. Mas por vezes, difícil os evitar.
Há quem não se preocupe com esse estado. O pior é que geralmente quem tem aspectos sanguessugas dificilmente reconhece tal postura em si mesmo. Gostam de infernizar a vida alheia.
Ter necessidades emocionais e vontade de conviver com frequência com os pares, não o torna um sanguessuga. Mas querer incessantemente prejudicar a paz alheia, em função da provocação por postura cínica, configura tal desvirtuamento.
Pior é quando trata-se de um sanguessuga de energia e alma. A matéria é voluptuária. Já a alma é imaterial. Pior ainda quando é sanguessuga de algum ente querido, e não há muito o que se fazer se não aconselhar.
Fato é que quando estamos diante de sanguessugas, devemos reconhecer que poderíamos ser isso. E muito provavelmente, este sanguessuga tem feridas expostas tão antigas. É tão sensíveis. Que creem que todos são sanguessugas, quando na verdade, sua vontade por sangue não é só um reflexo de si mesmo, como também uma extensão de sua história.
Rezemos pelos sanguessugas.