Imagine o quadrante ideal. Como se em uma fotografia, em duas dimensões, pudesse colocar dispostos todos os elementos que constituem a extensão dos nossos desejos, sonhos e perspectivas. Agora lembre-se que este quadrante nunca será fidedigno a suas expectativas, pois no curso da interpelação da ação até o vértice da realidade, haverão sempre as incongruências e os fatores não controlados.
Mas isso não impede que o quadrante permaneça sendo a inspiração cotidiana de quem sonha com a abundância. Não digo abundância material, digo abundância de elementos psicológicos e emocionais que constituem a obra de arte disposta no quadrante da expectativa.
Isso é o que move o ser humano, poder mentalizar um estado de espirito futuro, baseado nas experiências pretéritas e constituído a partir do ânimo do presente. Estamos falando do quadrante da resolução máxima das diretrizes do “eu mais autêntico”.
Nossas inspirações dispersas nos nuances do perpassar do tempo cotidiano, constroem esse quadrante imaginário subjetivo. Para isso, toda arquitetura disponível pelo esforço da mente constroem a obra de arte das nossas predisposições.
Nessa obra de arte, há de ter muita cor, brilho, emoção, razão, subjetividades, objetividades. E principalmente, você! Pois você que rabisca a tela deste quadrante que é a vida, e sobre ti, será escrito em linhas dispostas de forma completamente ornamentadas, o seu futuro. Portanto, não só de disciplina vive o homem, pois para que este quadrante viva com intensidade, é necessário que haja a pincelada cotidiana de entusiasmo e energia.
E na posição de artistas da arte que nós mesmos somos, em nossos próprios quadrantes, podemos ousar censurar qualquer rabisco, mas nunca a sobreposição de uma rasura sobre um rabisco pretérito extingue a sua existência, pois até na tentativa de se esconder o passado, a arte de erra persistirá sendo a força motriz reinante de querer acertar. E esconder o erro apenas representa a bordadura sobre o pano costurado, por nós mesmos.