Nunca sabemos exatamente o que estamos procurando. Pois ao encontrarmos o que fantasiamos, estaríamos cara a cara com a loucura. Haja visto que nunca se encontra o que se imagina. A realidade fática é externa a nós mesmos, e não podemos nos deixar perder pela simples sensação de controle absoluto, sensação que acomete a mente dos otimistas.

Fato é, que não devemos nos deixar perder pela intuição. Pois a intuição sem sinestesia, é quase sempre um delírio. O que nos leva, inevitavelmente até o topo da colina das falsas interpretações. Por isso, as ciladas a que nós mesmos planejamos para nossa mente, nos colocam na posição mais vulnerável de nós mesmos.

Por óbvio, que não devemos construir nossos castelos em areia e argila formatadas ao bel prazer do nosso senso artístico e imaginário. Pois isso, nos fará procurar cada vez mais pela linha mais obscura do poço que cavamos para nossas próprias expectativas.

Devemos procurar o que está próximo de nós. O que está diante da nossa própria resolução de demandas simples e cotidianas. A mentalização da solução, tem êxito com a plena observação dos simples atos que podem nos conduzir a uma solução circunstancial e momentânea.

O mundo dos fatos não pode ser alterado pela mentalização da energia direcionada a eventos improváveis. O solvente universal dos resultados, as águas dos rios que diluem os solutos das expectativas nunca serão um aquário com um sistema de entradas e saídas controladas pelo seu observador. 

Quem tenta manipular, geralmente fica sozinho. Pois acaba mentalizando sempre, a sua própria percepção de conforto, ao ponto de se afastar tanto de si mesmo, que mesmo quando crê estar próximo do que se propôs a procurar, acabará se transformando em mais um que procura o que nunca poderá ter, por realmente não saber o que quer. Pois fantasia mais do que executa.

É claro que não devemos nos deixar levar pela acepção de que não podemos procurar coisas difíceis de serem executadas. Mas caso venhamos a procurar por isso. Nunca chegaremos a isso, sem o “feedback” positivo da realidade. Pois nada poderá ser concretizado, de fora para dentro. Isso se chama ideia. A realização, deriva do movimento, e surge de dentro para fora. É resultado da nossa atitude.