Enquanto andamos pelo deserto de expectativas, nos deparamos com oásis o tempo inteiro. Basta sabermos interpretá-los como realidade ou mais uma de nossas miragens. Causalidade inevitável. Sempre existirão miragens no cotidiano da nossa própria interação com o deserto da nossa rota.
Quantas vezes, estivemos diante da própria inglória dos pequenos fracassos, e acabamos encontrando grandes prêmios do destino? Isso é comum. Basta calibrarmos nossos olhos, que veremos o quão gratos deveríamos ser, mesmo diante dos contextos de dificuldade.
Mas nem tudo é o só o ouro, pois sabemos que no curso da caminhada, a sede e a fome de espírito irão congestionar qualquer válvula de escape da nossa percepção do que bom. De tal forma que isso venha a contaminar alguns minutos da nossa travessia.
A cura para isso, todos nós sabemos, basta erguermos a cabeça e encararmos a realidade como ela é, tendo certeza de que o que não controlamos não deveria nos estressar, e o que controlamos deve ser cada vez mais calibrado. Ao ponto de adquirimos mais capilaridade no sistema de nós mesmos.
Claro que esse exercício não deriva da espontaneidade da existência. Caso contrário, não existiria miséria, pobreza e o fracasso. Por esse motivo, deveríamos incrementar em nós mesmos, o senso crítico de percepção do quão ousados devemos ser ao aproveitarmos dos oásis da vida. Pois estes que nos darão forças para continuar trilhando a rota da infortuna mundana.
Não há nada mais banal do que seguir a própria trilha. Essa metáfora já está exaurida no imaginário de todos. Mas uma coisa surpreende. Os oásis que encontramos na trilha não são meros clichês da vida, e muito menos costumeiros à todos. Pois para cada oásis, tem-se a surpresa de algo positivo para um ser individual, ou a miragem forjada pela percepção de estima de quem quer, mas não tem.
Somos isso mesmo, meros bípedes, com mais sonhos do que forças, que andando rumo à trilha do destino, ocasionalmente cansamos, mas sempre, se esforçarmos as vistas, encontraremos os oásis que devemos alcançar, para que com força trilhemos até finalmente encontrarmos, os suspensos jardins da babilônia.