Paul David Tripp, no livro ‘Perdido no meio: a crise da meia-idade e a graça de Deus’, relaciona oito possíveis sintomas da crise da meia-idade. Vou mencionar aqui apenas quatro. É bom observarmos isso, porque saber identificar as crises é um primeiro passo para lidar com os problemas e encontrar as soluções:
a) Insatisfação com a vida: é uma fase na qual você começa a olhar para o lado e reclamar. Parece que o que fez até aqui não tem sentido, que deveria recomeçar. É um período de descontentamento, desilusão e enfado constante. Você se lamenta do que poderia ter feito e não fez. Quem poderia ter se tornado e não se tornou. Sempre a história do “se eu tivesse feito isso ou aquilo”;
b) Desorientação: é uma fase na qual ficamos perdidos. Você não se acha mais em seu planejamento. Parece que a profissão que escolheu não é a certa, a pessoa com quem se casou não é mais aquela que você quer, os seus filhos parecem estar noutro mundo. Há uma perda funcional de sentido: você não sabe mais quem é e o que está fazendo por aqui; c) Desencorajamento: é uma fase na qual você perde a expectativa, a esperança, a coragem, a vibração com novas ideias. Você se sente desmotivado para recomeçar projetos, para lançar ideias novas, para lutar por princípios pelos quais lutava antes;
d) Temor: a proximidade com a morte assusta. Coisas como cansaço, doenças mais frequentes, dores pelo corpo, colesterol, perda ou ganho de peso, falta de mobilidade não são mais simplesmente uma doençazinha qualquer; essas coisas se tornam sintomas de problemas maiores. E com tudo isso, o temor da morte. Nem tanto a morte em si, mas o como morrer.
Precisamos da graça do Senhor para vencermos todos os desafios de nossa vida. Sem a orientação da Palavra de Deus, jamais conseguiremos suportar as difíceis pressões da vida. Reconhecer os problemas e levá-los à cruz de Cristo, confiando que ele poderá nos ajudar, é a única solução para vivermos mais e melhor nesse mundo, desde a infância até a idade adulta.