A interpretação. Ahhh interpretação.... Ah! Interpretação!
“Extrapretação”, a única fiel.
A interpretação, que tanto deriva do seu próprio prefixo, qual seja, o “inter”. O que está interiormente ligado ao que pertence ao individual. Aquilo que não pode ter outra face se não a própria certeza de ser ludibriado corriqueiramente. Por si mesmo, pela própria mente.
Acreditamos poder interpretar como quisermos, mas a interpretação foge da nossa própria autonomia, pois ela, está além da compreensão dos fatos, por vezes é fisiológica e intuitiva.
Quem nunca se viu, enxergando as coisas, da forma como não são enxergadas por outros, muitas vezes, mais inteligentes que nós mesmos, ou menos sapientes. Isso é comum. Uma diretriz comum do delírio da interpretação.
A interpretação pode ser exata, na lógica matemática da marcenaria. Mas jamais será, para as relações sociais do marceneiro.
Seremos sempre fruto das interpretações dos outros. Não poderíamos dizer que elas são erradas, pois não existe interpretação certa. Existe a verdade. Mas a verdade, não é tangível aos olhos humanos, pois ela sempre será parcial e incompleta, afinal, a interpretação da verdade será cotidiana.
Isso não significa que não devemos buscar a aproximação com a “extrapretação”, na verdade, digo, a verdade. Pois a “extrapretação” é a verdade. É nela, em que se reside a certeza do externo sobre o interno. A longitude em latitude indefinida da certeza de que a verdade é exterior a nós mesmos. Pra maioria, isso é Deus ou outra deidade, como o é, para mim.
Certos de que a “extrapretação” está além da própria compreensão das nossas interpretações, conseguiremos andar rumo a aproximação da verdade.
Mas a verdade, ou melhor, a “extrapretação” pode incomodar, pois muitas vezes, não poderemos fazer com que os demais a enxerguem, ou, na pior das hipóteses, o que julgamos ser uma “extrapretação”, não passa de mais uma, interpretação.