Baliza cristã. Ame o próximo como a si mesmo. Só há uma interpretação possível, qual seja, não sabemos amar. Afinal de contas, quantos atos de liberalidade em amor fazemos, que por vezes é não correspondido, ou até mesmo incompreendido? A primeira impressão é a de que amar não é essencial. A mais lógica impressão é a de que amar é universal. Pois independentemente da forma do amor, o amor não se consitutiu pelos interlocutores, e sim, sobre toda dimensão latitudinal, longitudinal e altitudinal da concepção de vida. O amor não é um elemento isolado na equação. É a convergência da soma e subtração, a insurgência da multiplicação e divisão, o contrário da integral e derivada. Ninguém entende. Apenas sentimos um milhonésimo da fração de sua possibilidade.
E quando ouvimos que devemos fazer com os outros aquilo que gostaríamos que fizéssemos conosco? De duas uma:
A primeira hipótese:
Essa argumentação, apesar de cristã é uma falácia. Pois, quantas vezes fazemos algo que gostaríamos que fizessem conosco e acaba sendo uma ruína? Muitas... Receber uma visita inesperada ao menos para mim, é bom. Ter a minha presença para alguns é ótimo, mas para muitos, receber minha visita inesperada e ter minha presença pode ser ruim a depender de quem tem recebe minha visita ou vivencia minha presença. Para qualquer um de nós é assim. E receber conselhos? Gosto. Mas e quanto a maioria que não recebe bem essa situação?
A segunda hipótese:
Gostar de algo que fazem conosco ou não gostar de algo que fazem para gente talvez não seja algo não preciso assim. Não temos a sensibilidade emocional e espiritual que Jesus Cristo, por exemplo, teve. O que eu gosto ou o que você gosta, ou o que eu não gosto e o que você não gosta, não depende da nossa própria racionalidade, e sim da nossa incerteza a respeito da nossa própria função e significado no mundo terreno. Afinal de contas, a reciprocidade não existe em 100% do tempo, nem entre nós, com nós mesmos. No sentido mais isolado da nossa própria consciência, temos conflitos de ordem de preferência. O que realmente é bom para mim mesmo? Quiçá saber o que é bom ou melhor para os outros... A tarefa eterna da nossa missão terrena.
Talvez essas duas hipóteses que diferenciam a interpretação do condescendente e do austero.