Pedro MartinsEscritor, Ciências Jurídicas e Agronômicas

Estilo de vida

Publicado em 16/05/2023 às 20:00.

Cada um escolhe seu próprio estilo de vida, seja este mais tendente ao que se gosta ou ao que não se gosta. Mas afinal de contas, do que gostamos? Será que todos não gostam de sentirem-se úteis? E até qual limiar podemos considerar nossos passos úteis? Fato é que apenas uma coisa constata a utilidade: o movimento.

Quem não se movimenta vive a própria sombra das expectativas. Não consegue estabelecer um vínculo de si para consigo mesmo, pois “si mesmo” acaba se fragmentando diante das próprias pretensões. E a partir disso, o suposto excesso de tempo para se refletir, cria a óbvia conjectura de estar vivendo verdadeiros delírios.

O movimento cria a resposta padrão do cotidiano. Não há nada que não venha a convergir para com a audácia do sucesso, quando tratamos de um estilo de vida perseverante. Basta agora investigar em si mesmo, para com o que se persevera. 

Nossas acepções de nós mesmos sempre serão ludibriadas por nós mesmos. Por isso, estaremos sempre em um corredor com várias salas, sob a qual não saberemos onde entrar, por sermos reféns dos outros.

Apenas aquele que visa suprir apenas a sua própria necessidade vive nas escusas de sua própria ignorância, pois lá, é um local mais confortável, e não nos faz enfrentar a realidade das coisas pela interlocução dos outros para conosco.

Por isso, não há receita para formular um estilo de vida ideal, pois isso deriva da objetividade da influência dos outros na subjetividade do nosso próprio cotidiano. E a subjetividade do nosso próprio cotidiano, depende de nós mesmos, e por consequência, do nosso próprio cotidiano.

Por isso, se estivermos sempre à margem de nossas próprias pretensões, e assim, acabarmos nos excluindo do crescimento que nossos ouvidos poderiam nos proporcionar, ficaríamos cada vez mais relapsos em nós mesmos.

Enfrentar a realidade é difícil. Mas ela está aí para nos demonstrar qual deve ser nosso estilo de vida. Pois isso, é a força motriz de toda inspiração do trabalho. O pensamento deve ser o trabalho, e seu trabalho, vai resumir, ao menos em noventa porcento, qual o seu estilo de vida. Pois nossa utilidade deriva do que fazemos neste plano e apenas o “saber-dever” pode nos conduzir a máxima de “dever saber” sempre o que é feito em função do que queremos para o nosso estilo de vida. Pois o ócio, corrói o seu eu, pois ao final, sempre seremos o reflexo do nosso passado e do que absorvemos da realidade, e o ócio cria-lhe uma persona non grata de si mesmo.

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