Pedro MartinsEscritor, Ciências Jurídicas e Agronômicas

Comércio

Publicado em 15/02/2023 às 01:28.

Sempre se comenta a respeito do comércio, da circulação de bens, a dita cuja atividade que faz com que muitos que têm o dom acumulem riquezas, mas também se transforma em estilo de vida para quem gosta de comercializar. Será se, realmente, é o trabalho que torna o capital valorizado? Ou será que a barganha e o desejo por determinados produtos os fazem cada vez mais valiosos, mesmo que, cada vez mais, seu custo de produção se torna mais barato?

O comerciante aprende a exercitar a escassez, a marca, a importância do que vende. Se pensarmos em uma métrica extremamente objetiva, qualquer pessoa consegue ficar rica, basta comercializar. Basta comprar algo abaixo do preço e vender acima do que pagou. E, com conhecimento do mercado, em escala progressiva poderá acumular riqueza.

Mas será que o comerciante pensa apenas em ser rico? Creio que o comerciante está muito mais disposto a tornar o cotidiano mais intenso e espirituoso, regando-o de missões e metas, do que, efetivamente, enriquecer. Reputo ser o principal objetivo, a ideia de escalar ante as próprias perspectivas e, principalmente, servir a sociedade, que muitas vezes nem sabe o que quer mas, na medida que é convencida, aprende a viver com mais êxtase.

Sim, isso mesmo que eu disse. Talvez, o comércio não seja a mera circulação de bens, talvez seja uma prestação de serviços à sociedade. E desde os que aumentam o canal de comercialização – e sendo os varejistas que compraram de varejistas –, essa pessoa presta o serviço do sorriso para o cliente quando fecha uma venda. E ainda que o preço seja mais alto que o da concorrência, o comerciante presta o serviço de demonstrar que nem tudo é preço, e sim valor. Afinal, a experiência pode valer mais à pena do que o preço pago pelo mesmo produto em vendedores diferentes.

Diga-me uma criança, que regada de inocência e senso de pureza, não gosta de feiras, shoppings e lojas? Todas gostam, o comércio faz parte de todos nós. E este, é um dom concedido aos que devem aproveitá-lo, tendo em vista que isso faz do mundo um lugar mais próspero apenas pela geração de riqueza especulativa envolta ao ato de comercializar. Que pode ser origem da inflação, mas nunca deixa de inovar, por sempre demonstrar que precisamos comprar e, por vezes, vender.

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