O melhor ou pior dos ares não deveriam ser os principais motivos do estado do seu ânimo. O ânimo deve partir de dentro do castelo, deve surgir de nós mesmos. É verdade, nossos sentimentos têm uma correspondência, em certa medida, fiel ao nosso controle de nós mesmos.
Na vanguarda de nós mesmos conseguiremos sempre encontrar o ânimo despojado que permeia as nossas esperanças. Um conceito forte, afinal, despojar-se é um ato ousado, que denota inclusive, uma sensação de pouca etiqueta. Mas é disso que se trata. No interior de nosso próprio espírito instintivo, encontraremos os nossos ânimos despojados.
Isso é o que define subjetividade, individualidade, essência. Despojar-se é com certeza a capacidade de alinhar-se com o mundo, conforme a vontade da boa e afável memória. Constituir-se no presente com a irreverência essencial à construção dos mais ricos canais de comunicação. E visualizar-se no futuro, como se a alma estivesse nos biomas diversos que permitem a caça de um destino próspero.
Quem aproxima-se de si mesmo, valorizando o próprio templo e buscando a melhor correspondência de tudo o que executa, inevitavelmente acumula experiência. Por isso que o melhor dos ânimos, é necessariamente instintivo de querer sobreviver. Instinto animal de querer chegar a qualquer lugar que tenha água e segurança. Nossas almas sonham com água e segurança.
Neste limiar, que observamos o horizonte de nós mesmos. A partir da continuidade, da capacidade de descansar com sobriedade e cansar com iniciativa. O ânimo despojado, é uma virtude similar a sagacidade. Mas carrega ainda, a característica de representar não só uma virtude. Trata-se de um estado de espírito.
O que resta demonstrar, é que isso pode representar a luta diária de si mesmo contra si mesmo, e construir a rota cotidiana para vitória de si mesmo sobre si mesmo. Este é o dilema. Apenas o ânimo despojado poderá fazer com que tenhamos a máxima aproximação com o nosso eu mais íntimo. E que a partir deste encontro, façamos do bom uso, da sabedoria, e da inteligibilidade da captura mais fiel do que representa, nada mais do mesmo de um dia, após o outro.
Esse é o paradigma da rocha fundamental de qualquer iniciativa humana de buscar melhorar.