Está mais do que claro de se uma coisa é uma coisa, não pode ser a outra coisa, e claro também que se é a outra coisa, não pode ser a mesma coisa!
Agora se vocês acham que a coisa está ficando complicada nesta coluna, a culpa é de nosso amigo Alcides Raizer que no blog Minhoca na Cabeça postou como comentário de outra coluna, de que existem “certas coisas, coisas certas”. Nós só pegamos o gancho que ele deixou, e por isso uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa! E por favor, não confundam uma coisa com outra coisa.
Parece até que não tenhamos mais nada a fazer do que ficar aqui tentando entender essa conversa de que uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Mas aí é que entra o “certas coisas, coisas certas”!
É que se não conseguimos fazer certas, certas coisas, muito menos faremos as outras, coisas certas.
Vamos complicar um pouco ainda mais a situação.
Numa declaração de amor, se você escreve “eu te amo” exatamente assim, é uma coisa. Mas se você escrever “Eu Te Amo!”, poxa, é outra coisa. Ou não é? É claro que qualquer um de nós gostaria de receber o segundo, provando que assim, se fazem certas coisas, coisas certas.
Mas também se faz de uma coisa uma coisa e se deixa de lado a outra coisa que realmente é outra coisa. Basta se observar, por exemplo, quando uma noticia corre entre as pessoas de boca em boca. Sempre tem alguém para acrescentar alguma coisa, e assim, certas coisas viram outra coisa, e deixam de ser a coisa certa. Uma briga de marido e mulher então vira a outra coisa quando alguém mete a colher.
Precisamos entretanto ser sinceros e nos perguntarmos quantas vezes ficamos frente a frente com uma coisa que era uma coisa, e outra coisa que era outra coisa. E sermos honestos na resposta para a pergunta se para certa coisa, fizemos a coisa certa.
Até aí teremos que uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa, com certas coisas e coisas certas, ou devemos pelo menos tentar com uma coisa ou outra coisa, fazer de certa coisa, coisa certa.