André Senna
Articulista
Alguns acontecimentos me deixam em dúvida se realmente vivemos em uma sociedade onde o ser humano respeita a própria raça. Como pode num país que diz ter sanado todas as dívidas e está com o caixa em dia, as políticas sociais tenham nada mais que cunho político. É bem verdade que ajuda no orçamento familiar de várias famílias Brasil a fora. Principalmente nas localidades menos desenvolvidas. Mas também sabemos que está se formando ou já se formou melhor dizendo a industria de programas sociais do governo federal.
Existem inúmeros relatos de lavradores outrora trabalhadores e destemidos, que enfrentavam as intempéries da vida e do tempo para ver sua produção vingar, nem que para consumo próprio. Estes mesmos hoje, sem generalizar, tem a resposta na ponta da língua”eu? Plantar pra que se o governo banca minha despesa aqui em casa”.
É necessária sim uma política social no Brasil, mas não se pode tolerar que tais políticas tornem o homem da roça ou o trabalhador assalariado um empregado dos programas sociais atuais. Onde basta ter filho que a grana vem, e se a idade do menino espirar é só fazer outro que o “benefício” volta. É sim de suma importância os programas governamentais como o Bolsa Família, mas agregado ao benefício deveria existir uma política de desenvolvimento social que levasse aos beneficiários capacitação, retomada dos estudos, assistência social, estimulos ao trabalho e principalmente auto-estima e cidadania.
Que continue o benefício, mas que se repense numa maneira de realmente torná-lo social, ou seja, com fins sociais e que verdadeiramente impulcione nosso país para o desenvolvimento não só econômico mas também social. Somente com o desenvolvimento social poderemos ser enfim “seres humanos e vivermos em uma sociedade igualitária e de respeito mútuo entre os semelhantes”.