Diversos países do mundo começam a viver uma crise de endividamento, ao que tudo indica, parecida com a crise mundial que ficou conhecida pela marolinha com que o então presidente Lula definiu seus efeitos aqui no Brasil.

O presidente Barack Obama nem esperou chegar a segunda-feira e se reuniu no domingo mesmo com líderes democratas e republicanos para tentar conter a crise de dívida do país.

Na Europa, o Conselho Europeu convocou uma reunião de emergência, nesta segunda-feira, com as principais autoridades que lidam com a crise da dívida da zona do euro.

Nas duas reuniões, a pauta inclui algumas questões que são velhas conhecidas dos brasileiros, como aumento da taxa básica de juros, desemprego, estagnação da economia, arrocho salarial, fim de isenções fiscais e elevação preventiva de preços.

Há muito a crise da economia já não é mais um problema vivido apenas por países em desenvolvimento ou subdesenvolvidos, alcançou o primeiro mundo causando um efeito cascata, atingindo o mundo inteiro. Dependendo da forma como os países que regem a economia mundial lidam com a crise, a situação pode se tornar um caos em todo o mundo. E quando mais pobre o país, mais violentos os impactos.

Enquanto os Estados Unidos negociam medidas para conter os efeitos do inevitável endividamento e uma impensável moratória, países fazem fila para receber seu quinhão da conta, que certamente lhes caberá, independentemente do rumo tomado pelo governo americano.

Sim, porque certamente os americanos darão um jeito de transferir a pressão da crise para outros agentes econômicos e, ao que tudo indica, a economia voltará a sofrer a um forte abalo, como aconteceu em 2009.

Resta esperar que a presidenta Dilma reforce o controle de saída de capital, mantenha as reservas cambiais e não deixe o país desempenhar o tradicional papel de menino bonzinho, representado especialmente no governo Lula, e sofra pressões além da conta.

Jerúsia Arruda


Editora-chefe