Nos programas de televisão, no famoso horário eleitoral, os candidatos em sua grande maioria estão tratando apenas das apresentações pessoais, bem longe do plano de governo, tão necessário para que o eleitor saiba exatamente em quem vai depositar confiança. Um aspecto que chama muito a atenção é o processo de endividamento de todos e que vai, aos poucos, sufocando a família brasileira. A taxa média de juros no crédito livre subiu de 32% ao ano, em junho, para 32,3% ao ano em julho, segundo dados divulgados pelo Banco Central. No ano, até o mês passado, a taxa subiu 3,3 pontos porcentuais, já que em dezembro de 2013 estava em 29,0% ao ano. Em 12 meses, até julho, o avanço é de 4,8 pontos porcentuais. Para pessoa física, a taxa de juros no crédito livre passou de 43%, em junho, para 43,2% em julho. O maior juro desde 2011. Para pessoa jurídica, houve alta de 22,6% para 23,1% de junho para julho.
Entre as principais linhas de crédito livre para pessoa física, o destaque vai para o cheque especial, cuja taxa subiu de 171,5% em junho para 172,4% no mês passado. Para o crédito pessoal, a taxa total subiu de 45,5% em junho para 45,8% em julho.
No caso de consignado, a taxa passou de 25,6% para 25,9% de junho para julho e, nas demais linhas, de 100,3% para 101,4%. No caso de aquisição de veículos para pessoas físicas, os juros passaram de 23,0% para 23,1% de um mês para outro. A taxa média de juros no crédito total, que também inclui as operações direcionadas, subiu de 21,1% em junho para 21,4% em julho.Uma pausa especial para os empréstimos consignados que vai achatando ao servidor pensionista e aposentado que não sabe mais o que fazer com a sua vida, pois as prestações atrasam e as latas estão cada vez mais vazias em suas prateleiras por falta de sobras nos vencimentos.
Para se ter uma idéia clara do momento econômico a taxa de inadimplência no crédito livre ficou em 4,9% em julho ante 4,8% de junho. Para pessoa física, passou de 6,5% para 6,6% na comparação mensal. Para as empresas, subiu de 3,4% para 3,5% de um mês para o outro. A inadimplência do crédito direcionado ficou estável em 1,0% entre junho e julho. O dado que considera o crédito livre mais direcionado mostra inadimplência estável em 3% em julho.
No crédito livre para pessoa física, a inadimplência no crédito pessoal ficou inalterada em 2,5% de junho para julho. No cheque especial, subiu de 8,8% para 9,4% na comparação mensal.O quadro é preocupante mas ninguém tem a ousadia de tratá-lo de frente e apresente soluções.