Por Eduardo Costa
Ótima notícia para pais e alunos: os sindicatos dos professores e dos estabelecimentos privados fecham hoje acordo para o recesso escolar no período da Copa do Mundo, no ano que vem. Na verdade, há uma lei maior aprovada no Congresso cujo artigo 64 tem a seguinte redação: “Em 2014, os sistemas de ensino deverão ajustar os calendários escolares de forma que as férias escolares decorrentes do encerramento das atividades letivas do primeiro semestre do ano, nos estabelecimentos de ensino das redes pública e privada, abranjam todo o período entre a abertura e o encerramento da Copa do Mundo FIFA 2014 de Futebol”.
O bom é que desde abril o assunto vem sendo discutido, tanto que já existe a possibilidade de antecipação das aulas no ano que vem para janeiro, porque a Lei de Diretrizes e Bases da Educação exige um mínimo de 200 dias letivos.
Há semanas, o governo do Estado anunciou recesso entre 12 de junho e 13 de julho, período de realização do torneiro maior do futebol. Na última sexta-feira, foi a Prefeitura de Belo Horizonte que adotou igual procedimento. E hoje os professores da rede privada concluem negociações com os colégios, que deverão retomar as aulas lá pelo dia 20 de janeiro, o que, evidentemente, pode atrapalhar planos de algumas famílias, mas, se o anúncio ocorre agora, há maior possibilidade de rearranjo.
O melhor é que tanto os pais quanto os professores já terão, com quatro meses de antecedência, uma informação segura do que ocorrerá em 2014. Evitaremos o estresse de pais ligando para os veículos de comunicação querendo saber se vai ter ou não aula no dia de jogo. Sem falar que as crianças estariam expostas a risco, caso venham a ocorrer manifestações durante o mundial, o que para muitos – e eu estou no time – é certo; mais que isso, elas virão com força ainda maior porque as de junho último, embora tenham assustado poderosos, não foram suficientes, considerando que as sonhadas mudanças ainda não aconteceram.
Resumindo a prosa: nós que sofremos quando destroem concreto recém-colocado em avenidas, reclamamos de planejamento, temos agora a comemorar o fato de que a pouco menos de um ano do torneiro mais importante do futebol, no país mais vitorioso neste esporte, pelo menos as escolas já estão preparadas. Que bom!