Gilson Nunes
Jornalista
O título deste artigo nos lembra uma poesia feita para criança, mas, pretendemos mudar o foco de sua intenção. Em determinados ambientes de trabalho o clima não é dos melhores: costuma-se ter muitos chefes para poucos índios... e o trabalho não evolui.
A questão do trabalho em si, segundo pesquisas de vários centros e laboratórios, revelam que, quanto mais o ambiente de trabalho for descontraído, mais se produz e, o que é melhor, com prazer e contentamento.
Estive em Montes Claros, em férias, e conheci os bastidores deste admirável jornal: O NORTE. Posso até dizer que fiquei surpreso. Entre os funcionários, aqui em Minas, já que eu moro em Cuiabá-MT, tem muitos torcedores do Cruzeiro e muitos tantos outros do glorioso Clube Atlético Mineiro. Para falar a verdade, este nome - Clube Atlético Mineiro - não se fala da boca pra fora, pronuncia-se com o mais requintado espaço de nosso diafragma. O outro time, aliás, é apenas uma declaração que, via de regra, se apurar criteriosamente, não se encontra nem em cartório. A moral da história fica por conta de que, se ele ganha uma, se abrem de risos, senão, nada acontece, nada se revela, nada se manifesta.
“Batatinha quando nasce”, e aí fica a expressão como se fosse um codinome, é o desejo do simpatizante aleatório que não se justifica, não se agride, não se morre e tampouco se mata. É uma mesmice desencorajada do saber o que significa torcer.
Entre os amigos do recinto, aliás, um bom profissional, diga-se de passagem, este apelido “Batatinha quando nasce” lhe caiu como uma luva. Para ser sincero, não foi a carapuça que ele vestiu não, foi a sensível satisfação de se sensibilizar com o lado contrário ao Clube Atlético Mineiro.
O hino do glorioso Galo é, na verdade, um tsunami, um furacão, que vai direto ao ponto, até mesmo para não deixar qualquer dúvida: “NÓS SOMOS DO CLUBE ATLÉTICO MINEIRO...”. Já do outro lado, os versos não têm inspiração, eles apenas supõem, sugerem, mas não assumem...
Com relação à frase “Batatinha quando nasce ...”, o meu amigo jornalista, por mais que ele não queira admitir explicitamente, deixou e deixará transparecer que ela se casou tão bem para os simpatizantes de sangue azul que pior seria ter que admitir o codinome de “Boneca cobiçada”. Entre tapas e beijos, o ambiente de trabalho de O NORTE se desenvolve numa paz, tranquilidade e, sobretudo, na habilidade dos profissionais que lá trabalham, capaz de fazer inveja a tantos outros ambientes. O que posso dizer a O NORTE é parabéns, principalmente ao seu editor, Reginauro Silva, que tem em seus profissionais um conjunto de talentos difícil de achar em outras redações pelo Brasil afora.