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Domingo,21 de Dezembro

As gestões de responsabilidade pública

Por Manoel Hygino

Jornal O Norte
Publicado em 08/08/2013 às 09:18.Atualizado em 15/11/2021 às 17:08.

Por Manoel Hygino


Julgo a hora presente muito apropriada a uma autoavaliação de todos os cidadãos, qualquer área em que atuem, como já se faz em relação aos políticos do país, lançados ao cerne das mais duras críticas da sociedade. A meditação é própria agora para uma análise de atos, atitudes e posições, e para uma contrição, se for o caso.

Entre os problemas maiores que se tem, estão os da educação, por exemplo. Tecem-se críticas e se fazem reparos ao sistema. Mas estão os professores e os estudantes fazendo adequadamente a sua parte? Waldir de Pinho Veloso, advogado, professor universitário, indagou de um qualificado egresso do curso superior quantos mestres na graduação ele consideraria bons. Recebeu a resposta de que somente 5% corresponderiam ao adjetivo de excelente.

E, em seguida, Waldir procurou medir o índice de bons alunos. Também no segmento, o percentual persistia, insistia: somente 5%. São os acadêmicos que não faltam às aulas, que não se aproveitam do regulamento de tratamento especial, alegando-se doentes durante o ano letivo, que não apresentam atestados médicos falsos para se ausentarem das atividades escolares, os que não ficam no limite possível de faltas no semestre e reiteram os pedidos de abonos de falta para não serem reprovados, os que não urdem malabarismos para aprovação. Em resumo: são os que não fingem que estão estudando ou que não utilizam métodos pouco ortodoxos para progressão nos estudos.

Há de se admitir que, na maioria das vezes, não é o professor que reprova; é o aluno que se reprova. Para Waldir de Pinho Veloso, os “5% dos bons alunos serão os 5% dos bons professores, dos bons profissionais, das destacáveis figuras do cenário intelectual, dos vencedores por mérito”.

Todos os cidadãos têm um quinhão de responsabilidade na vida nacional. Não é suficiente atirar a culpa de nossos males em determinada pessoa ou setor. Bernardo Sorj, sociólogo, no caso específico da educação, lembrou: “Quando eu dava aulas, meus alunos ficavam falando sobre a corrupção no Estado. Aí eu dizia: “Muito bem, mas o que é a corrupção? É a apropriação indevida de recursos públicos. E a maioria de vocês nunca vem à aula. Vocês custam para o Estado R$ 15 mil, R$ 20 mil ao ano, no mínimo. E jogam pela janela”.  

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