Tenho insistido em meus comentários que o presidenciável Aécio Neves tem como a mais forte estratégia tornar o seu nome nacionalmente conhecido, para que em 2018 ele volte à disputa com muitas possibilidades de chegar ao Palácio do Planalto. Mas enquanto isto não acontece é bom registrar alguns detalhes desta reta final de campanha. Primeiramente é que ele corre o risco de perder em Minas Gerais para Marina Silva ou Dilma, e o pior, em grandes cidades, como em Montes Claros, por exemplo, a sua derrota já está sendo dada como certa, o que deixa mais ainda os articulistas perplexos, pois os resultados certamente vão irradiar pelo Norte de Minas e Vale do Jequitinhonha, indo de encontro as centenas de obras que ele, em seu governo e no de Anastasia realizou, principalmente a pavimentação de estradas, programa de luz e água etc. Mas os ventos que chegam da capital mineira afirmam que ele,Aécio Neves, vai intensificar até o dia 5 de outubro as fórmulas que, na avaliação da campanha, o ajudaram a recuperar quatro pontos na pesquisa de intenção de votos divulgada pelo Ibope/Estado/TV Globo. O foco continuará sendo a conquista do eleitor anti-PT. Para isso, Aécio insistirá na tática de criticar a presidente Dilma Rousseff (PT) e “desconstruir” a candidata Marina Silva (PSB). A coordenação da campanha presidencial tucana quer intensificar o contato de Aécio com o eleitor e ampliar a ocupação de espaços nas campanhas regionais. Às lideranças estaduais, o presidenciável demonstrou a intenção de fazer aparições nas propagandas regionais, pedindo votos para candidatos a deputado e senador do PSDB.
Ficará também mantida a estratégia de ampliação das inserções diárias. A coligação Muda Brasil tem direito a um minuto diário para comerciais durante a programação regular da TV. Ao contrário do que vinha sendo praticado no início da campanha, os filmetes não serão mais divididos em duas propagandas de 30 segundos cada uma, formato usado para apresentar Aécio. A avaliação é que experiência da última semana, de dividir o tempo em quatro inserções de 15 segundos, vem dando mais resultado e será mantida.
Como dever de casa, a meta é casar a agenda do tucano com a de governadores ou candidatos a governos bem posicionados na disputa eleitoral, especialmente em São Paulo, onde Geraldo Alckmin (PSDB), que concorre à reeleição, lidera com folga as pesquisas de opinião.
Apesar da intenção de explorar os puxadores de voto nos Estados, a campanha vai concentrar a reta final em São Paulo, mas também em Minas Gerais - onde o candidato tucano, Pimenta da Veiga, está 20 pontos porcentuais atrás do líder Fernando Pimentel (PT).
Mas a principal carta na manga seria o apoio de Joaquim Barbosa na reta final do primeiro turno. O ex-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) já foi abordado mais de uma vez por tucanos que tentam convencê-lo a fazer algum gesto de adesão ao candidato. Inclusive o governador de Minas Gerais, Alberto Pinto Coelho, afirmou para a imprensa que , hospedado no mesmo hotel que Barbosa, em SP, conversou com o ex-ministro no início da semana. “Ele poderia declarar voto ou então aceitar convite para ser ministro [num eventual governo de Aécio Neves]”, Nesta hora vale tudo. Mas Barbosa parece que nem no Brasil vai estar no dia das eleições. UMA COISA...