Quem somos nós na fila da crise dos recursos naturais?

Renata Ankowski*
Publicado em 11/07/2022 às 21:38.

Estamos em crise, mas infelizmente isso não é novidade para ninguém. De acordo com o Relatório de Riscos Globais do Fórum Econômico Mundial, divulgado no início deste ano, as três maiores ameaças que a humanidade enfrentará nos próximos dez anos envolvem questões ambientais, e são elas: crise climática, danos ambientais produzidos pela humanidade e escassez de recursos naturais.

Coincidência ou não, os grandes responsáveis por todas elas somos nós e a conscientização parece ser o único caminho para a mudança. Cabe a nós questionarmos onde estamos nessa crise. O que estamos fazendo? Tomar consciência daquilo que está ao nosso poder e lutar não só pela mudança, mas pela transformação. Você já se perguntou sobre como o seu consumo impacta o uso dos recursos naturais do planeta?

Devido à aceleração no ritmo de utilização dos bens fornecidos pela natureza, o planeta anualmente tem sido sobrecarregado, entrando em déficit ecológico. A proporção disso tudo fez criar o Dia da Sobrecarga da Terra, data mundial que marca o momento em que a humanidade consumiu todos os recursos naturais que o planeta é capaz de renovar durante um ano. Infelizmente, em 2021, a data brasileira aconteceu dois dias antes do dia global, ganhando destaque negativo nesse processo.

O Brasil, além de ser o líder em biodiversidade, possui 13,7% de toda a água doce e 20% das águas subterrâneas do planeta. Mas o que estamos fazendo pela crise de recursos? A liderança nesse ranking corresponde à responsabilidade do país na gestão mundial dos recursos hídricos e, portanto, a necessidade de ser exemplo e influência. Se quisermos realmente mudar esse jogo com o meio ambiente, precisamos investir na restauração da natureza a partir da conscientização de hábitos desde os pessoais, até aos movimentos de grandes empresas, governos e sociedade para que essa transformação aconteça.

Por outro lado, vimos que a escassez gera uma necessidade criativa que tem nos mostrado alguns caminhos importantes. O impacto da crise afeta toda a cadeia de produção. Esse impacto, por mais danoso que possa parecer, gera uma onda muito grande de inovação a fórceps, como o aumento de fazendas verticais, a transformação das malhas logísticas e novas fontes de energia sustentáveis sendo utilizadas.

A minha esperança é que novos estudos venham para nos mostrar cada vez mais caminhos e que nossa tecnologia consiga avançar mais rápido que o estado degenerativo que ultrapassamos.

*COO na MCM Brand Experience

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