Muitos dos meus alunos e leitores me perguntam diariamente sobre qual é o caminho para estudar mais e melhor. Há pessoas que buscam ansiosamente por uma resposta que as levem a adormecer hoje e acordar amanhã com pleno domínio de todos os conteúdos a serem aprendidos.
Estudar e aprender não é uma construção de imediatismo. Também não depende apenas de comparecer a uma livraria e comprar os melhores materiais didáticos. Para se conquistar conhecimento, o preço a pagar está fora do comércio.
Mas a pergunta persiste: “Qual o caminho para estudar”? Algumas versões dessa pergunta podem ser mais objetivas: “Qual o caminho para passar num concurso” ou “qual o caminho para passar no Enem”.
Muitos estudantes, sobretudo os jovens, cometem o equívoco de limitarem a referência de realização pessoal às conquistas que colecionam ao longo da vida. Isso vale para as conquistas estudantis, amorosas, profissionais, etc.
Só que a vida nos ensina: alcançamos algumas conquistas e outras, não. Nem por isso a felicidade deve ser entendida como algo que só é alcançável por quem obteve todos os sucessos possíveis.
No caso dos concursos essa mentalidade te levaria a estabelecer a lógica de “ser aprovado para ser feliz”. Inverta isso. Seja feliz e passe no concurso almejado. Porque, estudando com a alegria de aprender, você memorizará os conteúdos com muito mais eficiência. E não os memorizará apenas para o dia da prova. Você os memorizará para o resto da vida.
É por estudar com alegria que muitos candidatos são aprovados em vários concursos. Porque acumulam o que aprenderam ontem com o que estão aprendendo hoje e com o que aprenderão amanhã. E colocam em prática a máxima de que, “não se estuda para passar; estuda-se até passar”.
Aliás, quando os estudos são abordados como uma fonte de prazer em si mesmos, podemos facilmente melhorar essa máxima, que fica assim: não se estuda para passar; estuda-se para aprender, e pela alegria de aprender.
Mahatma Gandhi, quando perguntado sobre qual é o caminho para a paz, tão necessária nos dias atuais, respondeu que “não há um caminho para a paz; a paz é o caminho”. Parafraseando-o, e voltando à pergunta que me fazem rotineiramente, eu digo que não há um caminho para estudar; estudar é o caminho.
A todos eu desejo bons estudos, com boas doses de alegria.
Advogado, professor da Faculdade Promove, mestre em Educação, delegado federal aposentado e autor de “Como Passei em 16 Concursos”.