Um dos temas mais discutidos neste momento é o ChatGPT, um chatbot com inteligência artificial capaz de gerar respostas mais coesas e completas, cada vez mais parecidas com uma resposta dada por humanos. Em linhas gerais, estamos falando de um ambiente cada vez mais conectado e digitalizado, no qual as interações se tornam mais rápidas.
No entanto, essa realidade já existe e pode ser aplicada à gestão de riscos?
Um chatbot é capaz de mensurar os principais riscos das empresas e ajudar a mitigá-los?
Diversos softwares e soluções de gestão de riscos já são utilizados em grandes e médias empresas, porém com a necessidade de um profissional para acompanhar as avaliações e sinalizadores que são apontados pelas ferramentas. Como essas soluções gerenciarão riscos de maneira eficaz usando IA? As organizações estão prontas para deixar a tomada de decisões para a tecnologia?
A inteligência artificial já está sendo utilizada em diversos setores. E se formos pensar em prevenção de riscos, podemos, por exemplo, lembrar do filme Minority Report, no qual um departamento de polícia previu crimes com a ajuda de médiuns conectados à inteligência artificial. No entanto, mesmo neste exemplo fictício, a ação humana foi necessária para julgar e executar esta nova lei.
Precisamos pensar no ChatGPT e em todas as outras ferramentas e soluções como auxiliares importantes no gerenciamento de riscos. Mas a expertise e o desempenho dos especialistas devem estar sempre vinculados ao trabalho da IA.
A gestão de riscos, cada vez mais, exige uma abordagem precisa e multidisciplinar para ajudar as empresas a entender quais são os riscos reais e como a mitigação deve ser feita de forma eficaz e sem prejudicar a imagem e rentabilidade das empresas. Estamos falando do valor da empresa.
Vale ressaltar que segundo o Risk in Focus, divulgado pela European Confederation of Institutes of Internal Auditing (ECIIA), um dos cinco maiores riscos para as empresas em 2023 é a disrupção digital e novas tecnologias, aparecendo com 38%.
O documento, baseado em pesquisa quantitativa realizada com líderes de auditoria interna de 15 países europeus, aponta os principais riscos e mostra um cenário bastante desafiador para a gestão de riscos.
Por isso, por mais que a tendência do mercado seja abraçar o ChatGPT como a nova roda, precisamos entender sua real aplicabilidade e contar com especialistas para ajudar nessa jornada. Deixe o futuro vir!
*VP da CRA no Brasil