OPINIÃO

Clamor por justiça e proteção urgente aos Aposentados

*Gregório José
10/06/2024 às 19:27.
Atualizado em 10/06/2024 às 19:30

Na crônica vergonhosa das práticas abusivas contra os aposentados e pensionistas, o Tribunal de Contas da União (TCU) finalmente interveio de forma decisiva. Em um movimento que há muito tempo deveria ter sido realizado, o TCU determinou que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) implemente medidas rigorosas para proteger os beneficiários de fraudes e descontos não autorizados. Essa decisão é um alívio há muito esperado para milhões de brasileiros que têm sido vítimas de cobranças indevidas.

Durante anos, aposentados e pensionistas, a parcela mais vulnerável da nossa população, foram alvos fáceis para entidades inescrupulosas que se aproveitam da fragilidade e da falta de defesa dos mais idosos. Essas práticas não apenas drenam os recursos de quem depende desses benefícios para sobreviver, mas também corroem a confiança no sistema que deveria protegê-los. As diretrizes agora estabelecidas pelo TCU são um passo vital para restaurar essa confiança e proteger os direitos daqueles que trabalharam a vida inteira.

As novas regras são explícitas: qualquer desconto em benefícios só pode ser autorizado com a utilização de assinatura eletrônica ou biometria, ou ainda com documentos específicos conforme a normativa do INSS. Esta é uma barreira significativa contra fraudes, um marco na proteção dos nossos idosos.

O INSS e a Dataprev têm agora um prazo apertado de 90 dias para desenvolver e colocar em prática sistemas que suportem esses novos requisitos. Essa tarefa inclui a criação de ferramentas para a coleta de assinaturas eletrônicas e dados biométricos, e um sistema de bloqueio automático de benefícios para novos descontos, a menos que haja um desbloqueio autorizado pelo beneficiário. Esses sistemas são cruciais para garantir que as novas proteções sejam efetivas e prontamente aplicadas.

Além disso, o TCU exige que todas as autorizações de descontos atuais sejam revalidadas com métodos de comprovação digital em um prazo de 120 dias. Esta revalidação é essencial para garantir que os descontos existentes sejam legítimos e autorizados, e que os beneficiários não continuem a sofrer com deduções indevidas.

O órgão exige também que o INSS tome medidas para responsabilizar as entidades envolvidas em fraudes e garanta o ressarcimento dos valores cobrados indevidamente. Esta postura é vital para coibir a continuidade das práticas fraudulentas e para assegurar que os recursos dos aposentados e pensionistas sejam devolvidos. Não é apenas uma questão de corrigir os erros do passado, mas de prevenir futuros abusos e proteger os direitos de todos os beneficiários.

A decisão marca ponto crucial na luta pela justiça e proteção dos aposentados e pensionistas. Neste momento, devemos todos levantar nossas vozes para garantir que estes beneficiários vivam com a dignidade e segurança que merecem. Afinal, proteger os idosos é um imperativo moral que define a nossa própria humanidade.

*Jornalista

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