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Cidades inteligentes

Juliano Covas*
Publicado em 19/07/2024 às 21:49.

As comodidades e facilidades trazidas até então pelas grandes, médias e pequenas cidades já não são mais suficientes para atender as demandas daqueles que residem nelas. Atualmente, não importa o tamanho ou localização, boa parte delas estão no caminho de se transformarem em centros inteligentes e se tornarem cada vez mais eficientes, seguras e agradáveis, revolucionando a forma como vivemos e interagimos com os ambientes urbanos.

Vale destacar que as experiências com o crescimento das cidades inteligentes até o momento são positivas e ajudam verdadeiramente a trazer melhorias na qualidade de vida das pessoas e na eficiência dos serviços urbanos. Mas é importante entender que ainda que essas transformações estejam ocorrendo para responder aos novos desejos da população por mais conectividade e segurança, elas só são possíveis graças aos avanços trazidos pelas novas tecnologias, como a Internet das Coisas (IoT), inteligência artificial, machine learning e big data, e a integração entre elas.

A IoT e a fibra óptica são algumas das principais inovações nesse cenário, pois permitem a conexão rápida e segura de diversos dispositivos e sistemas urbanos, como semáforos, postes de iluminação pública, câmeras de segurança e sensores de qualidade do ar. Esses aparelhos, por sua vez, coletam e compartilham dados em tempo real, permitindo uma gestão eficaz dos recursos e ainda respostas rápidas a emergências.

Segundo estudo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), há no Brasil aproximadamente 452 pedidos de patentes relacionados à aplicação do 5G em projetos de Smart Cities, separados entre solicitações para acesso de banda larga (208), Internet das Coisas (77), soluções tecnológicas na área de saúde (e-health) (61), veículos conectados (50) e realidade aumentada e virtual (46). Dados como esses só reforçam o papel fundamental das novas tecnologias no desenvolvimento das cidades inteligentes.

A mobilidade, tão importante para o bom funcionamento dos centros urbanos e seus serviços, também é fortemente afetada pelas inovações: temos sistemas de transporte público mais integrados e eficientes sendo implementados, com aplicativos que informam em tempo real sobre a chegada de ônibus, trens e metrôs, por exemplo. Além disso, os veículos autônomos e compartilhados estão ganhando espaço, oferecendo alternativas mais sustentáveis e convenientes para o deslocamento diário da população.

Outro pilar importante para a evolução das cidades inteligentes é o foco na agenda de sustentabilidade. De acordo com informações da Organização Mundial da Saúde (OMS), a poluição do ar ambiente causa 4,2 milhões de mortes prematuras anualmente. Isso torna os projetos de reciclagem e compostagem e uso de energias renováveis, sistemas de gestão de resíduos aprimorados, painéis solares e turbinas eólicas cada vez mais essenciais nas casas, edifícios e infraestruturas privadas e públicas, pois ajudam a equilibrar e melhorar a qualidade de vida.

Num futuro próximo, acredito que todas as cidades estarão mais conectadas e inteligentes, e com o avanço contínuo das tecnologias podemos esperar ainda mais melhorias e inovações que transformarão nossas áreas urbanas em lugares melhores para viver. 
 
*Sales Manager Carrier e Enterprise Networks (COC) da Corning Life Sciences da América Latina

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